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04 dezembro 2013

Os Quatro Navegadores (Continuação II)

Na semana seguinte já estávamos ansiosos para viajarmos e então resolvemos curtir um pouco as praias de Florianópolis, a praia de Joaquina, lagoa da Conceição. Voltamos felizes, nós, Chico, Jhony, menos Geovani, que em virtude de não ter o seu problema de ordem sentimental resolvido. Era sempre infeliz. Já ia esquecendo-me de frisar: Que apesar de eu e meus companheiros não nos apegarmos a alguém isto por sermos boêmios, cada um de nos conseguiu arrumar namorada, menos é claro o Geovani, que já tinha a sua no coração e vivia desapontado, até porque não via progredir em seu coração e em sua alma, algum sinal de esperança; que o fizesse crer que um dia, fosse o tempo que fosse, até poderia ter Shara, a mulher tão sonhada e tão amada por ele, em seus braços. E tão somente por isso, já não queria mais seguir-nos nas viagens semanais.Então eu resolvi por terminar a esta situação, dizendo mais uma vez: - Te declara e saberás se podes ter esperança neste amor, que nutris por ela ou não.

No final de semana, como de costume, fomos viajar e resolvemos voltar a Balneário Camboriu, para resolvermos de uma vez por todas esse tão grande problema, que estava perturbando o coração, a mente e porque não dizer, a alma do nosso amigo. Chegando ao Balneário, a praia como sempre estava lotada de gente, não só do nosso estado, como também do exterior. Os restaurantes cheios e já percebi que seria muito difícil termo alguns minutos para conversarmos com Shara, mas desta vez a sorte nos ajudou, ao adentrarmos já a vimos, sempre solicita veio nos atender da maneira que só ela sabia atender. Depois de nos servir maravilhosamente bem eu lhe falei Shara, eu hoje não sairei daqui sem resolver um problema que não é meu, e sim de um amigo, quero ter uma solução qualquer que seja. A moça embranqueceu e perguntou-me: -É tão grave assim? Que tu já queres a solução hoje! Qual a solução que tenho a dar-te? Sem ao menos não sei nem do que se trata, sou uma mulher que é obrigada a mostrar-me alegre, mas na verdade o meu coração está partido, nisso uma lagrima rolou de seus lindos olhos e tendo que atender outra mesa, se afastou. Eu e meus amigos ficamos surpresos em não sabermos por outras pessoas, mas por ela mesma que sua alma e seu coração eram tristes. Geovani olhando para mim com o olhar tristonho, disse-me: - Juca acho que comecei a ter uma réstia de esperança. Então eu como protesto chamei Shara entre outras que ali estavam para nos servir. Ela veio como sempre atraente e sorridente e nos serviu, mas antes que fosse servir outra mesa, perguntei-lhe: -Shara quando termina o seu turno? Ela educadamente falou: - Daqui a 30 minutos, já estou saindo e eu perguntei: - Então poderemos conversar? E ela respondeu: -Sim poderemos, mas leve seus amigos e essa conversa será em lá casa. Eu concordei dizendo sim.
Quando terminou seu turno fomos para a casa de Shara, uma casa simples, não no Balneário e sim num município que faz divisa com Balneário chamado de Camboriu, este município não faz muito tempo, fazia parte de Balneário e eram um só município. Alugamos um táxi e fomos todos, para casa de Shara, uma casa muito simples, mas muito organizada. Em suas paredes quadro pintados por artistas renomeados era de se perguntar, porque não os vender e preferir trabalhar num serviço tão complexo como o de garçonete. Shara notou que eu entendia de quadros e disse-me: - Estes quadros são tudo o que herdei de meu pai, sei que são valiosos e se eu ainda não os vendi, pura e simplesmente, porque os amo, eles são tudo para mim, apesar de meu salário ser pouco e de precisar desfazer-me deles, eu nunca os fiz. Com essa frase Shara deu a entender que sua infância não fora pobre e sua adolescência também. A bela jovem cortesmente perguntou-me, mas pelo que sei, ninguém veio aqui ver meus quadros, até porque não sabiam da existência dos mesmos. Então pedi desculpas por ter empolgado com a beleza dos quadros e falei: - Shara como já tive oportunidade de te dizer-te o problema não é meu, e sim de um amigo meu, mas quero vê-lo solucionado. A jovem ainda não tinha entendido onde eu queria chegar e disse-me: - por favor, seja mais claro! E eu lhe disse: -Serei. Então chamando Geovani disse-lhe: - É contigo. E o mesmo chorando começou a confessar-lhe todo o seu amor, e a jovem escutavam, admirados, até porque nunca tinha escutado de um homem uma confissão ta deslumbrante, que estava fascinada. E a mesma acreditando em tudo que Geovani dizia de tal pureza e humildade que ele se expressava. Nisto ouve uma pausa e o silencio se fez presente. E os nossos amigos, Chico e Jhony estavam admirados e eu mesmo embora sabendo do grande amor que Geovani sentia por Shara, assim mesmo me admirei, pois ele falava com o coração e a alma.

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