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07 agosto 2013

Imhotep

Imhotep é por alguns considerado um arquiteto, por outros um médico, por outros um mago e por outros um deus.
Imhotep aparece no filme "a múmia" como um ser cruel e vingativo, mas na verdade o pouco que se sabe de Imhotep é que ele foi quem arquitetou a primeira pirâmide do Egito em Sacará, ele arquitetou essa piramide para o faraó Djoser, de quem Imhotep era vizir ou ministro-chefe.
Imhotep foi com certeza a primeira figura de arquiteto e de médico a surgir claramente da história.
Ele foi comparado com o deus romano da medicina Esculápio, mas Imhotep é somente um humano que morreu há muito tempo atrás.
O homem responsável pela construção da primeira pirâmide do Egito, a pirâmide de degraus de Djoser, seu projetista e coordenador de todos os trabalhos, foi Imhotep (I-em-htp em egípcio), arquiteto genial, médico, sacerdote, mágico, escritor e primeiro ministro daquele faraó. Infelizmente, poucas informações chegaram até nós sobre essa misteriosa personalidade histórica, mas seu legado foi inesquecível. Prova disso está no fato de que sua vida foi celebrada por três mil anos, desde a época da construção da pirâmide de degraus até o período greco-romano, o que, historicamente, ocorreu com poucos homens. Durante toda a história egípcia, a era de Imhotep foi considerada como uma época de grande sabedoria. Ele foi o primeiro grande herói nacional do Egito. Era tido em tão alta consideração pelos egípcios como médico e sábio que, 23 séculos após sua morte, acabou sendo deificado como deus tutelar da medicina. Os gregos, por sua vez, deram-lhe o nome de Imuthes e identificaram-no com Asclépio, filho de Apolo, o Esculápio dos romanos, deus da ciência médica.

Ele também era considerado pelos egípcios como o maior dos escribas e escreveu tratados de medicina e de astronomia e uma obra de provérbios que, infelizmente, não foi encontrada pelos arqueólogos. Quando se tornou lendário, os escribas lhe prestavam homenagem derrubando algumas gotas de seu godé em honra do antigo escrevente antes de começarem seu trabalho. Durante o reinado de Djoser ocupou a segunda posição na hierarquia faraônica e na base da estátua daquele rei, encontrada em sua pirâmide, o nome e títulos de Imhotep aparecem no mesmo lugar de honra que os do faraó. Os seus títulos eram muitos: Chanceler do Faraó do Baixo Egito, Primeiro após o Faraó do Alto Egito, Administrador do Grande Palácio, Médico, Nobre Hereditário, Sumo Sacerdote de Anu (On ou Heliópolis), Arquiteto-Chefe do Faraó Djoser, Escultor e Fabricante de Recipientes de Pedra. No Período Tardio lhe era prestado um culto em uma das capelas do complexo de Saqqara, local para onde afluíam os coxos de todo o país em busca de cura.

A tradição diz que Imhotep era filho de uma mulher chamada Khreduankh e do deus Ptah. Seus pais deviam ser membros da aristocracia, como indica o título de Nobre Hereditário. Provavelmente foi educado por um escriba a partir dos 12 anos e teria começado sua carreira ainda jovem. Deve ter ingressado na vida sacerdotal, sendo que a função de Sumo Sacerdote de Heliópolis só podia ser ocupada após extensa educação nas artes e nas ciências.

A grande engenhosidade e perícia desse homem consistiu em incorporar a um monumento de pedra todos os métodos artísticos e de engenharia que durante décadas haviam sido aplicados a construções de madeira, feixes de caniços e talos e tijolos de limo secos ao sol, obtendo como resultado final um extraordinário complexo funerário. As inovações introduzidas por Imhotep foram muitas: a coluna estriada e não estriada, os pórticos, os propileus, os pilares, os capitéis nas mais variadas formas, baixos-relevos cheios de realismo e de vida, obras de olaria envernizadas ou esmaltadas. Usando uma linha leve e elegante ergueu pequenos templos, edículas e pavilhões. A ele também se deve o hábito de orientar rigorosamente as pirâmides para o norte. Por tudo isso, ele tem sido considerado o gênio criador da arquitetura.

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