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10 outubro 2013

O Pequeno Li - Continuação lll

 Deus É Bom:

O Caminho Foi Traçado.


“Procurei o meu filho por toda a parte, meu cunhado, minha irmã e meu sobrinho ajudaram na buscar. Porém, foi tudo em vão. Quando vi os queridos amigos de minha família se aproximarem e receberem a estarrecedora notícia de que Li havia desaparecido, não suportei a dor. O pranto tomou minha face e,mais nada a fazer. Foi então que recorri a Ele:
– Oh, Senhor dos Exércitos, Deus da minha vida, que está assentado no mais alto e sublime trono; O Senhor é Deus, o Senhor somente, de todos os reinos da terra. Pai, inclina os ouvidos e ouve. Abre, Senhor, os olhos, e olha; e veja o que tem ocorrido contra a casa dos teus servos, a qual enxergam com maus olhos os teus filhos, e afrontam o Senhor, o Deus vivo. Verdade é, Senhor, que nada sei o que fizeram ao meu filho, e que seu destino continua em total segredo. Agora, pois, Senhor, nosso Deus, livra o meu filho das mãos do inimigo, para que todos saibam que só tu és o Senhor.
Continuei com os olhos fechados por um bom tempo, meu filho estava perdido e eu estava aflita. Permaneci ajoelhada, sem saber mais o que dizer a Deus, apenas tremulando os lábios, parecendo estar embriagada. A agonia era tanta. Parecia estar sufocada pelo ar que não cabia em mim. Toda a dor vinha como lágrimas.
– Deus...
E as horas passaram e a busca permanecia, ninguém ousava me interromper.
– Lien... – disse uma voz do lado de fora de casa que não pude reconhecer. Abri os olhos de súbito e virei a cabeça para ver quem me chamava. Vi um homem diferente, imponente, porém manso. Um sorriso afável estampou-se em seu rosto. Não pude entender o que estava acontecendo. Foi quando pisquei e, ao abrir os olhos, aquele homem não estava mais lá. Porém continuei olhando fixo na direção onde outrora havia estado aquele homem. Minha visão foi se acalmando aos poucos com aquele susto. Então percebi, no horizonte, uma nuvem carregada e pronta a se precipitar, sendo cortada impiedosamente por raios, acompanhado pelos estrondos dos trovões. Levantei-me ainda atônita com tantas coisas estranhas acontecendo à minha volta, cambaleei, quase caí. Meu sobrinho, Liang, apareceu de súbito e me sustentou.
– A senhora está bem?
Apontei para a direção das nuvens.
– Meu filho está lá...
– Aonde?
 – Onde a chuva cair, meu filho estará.” 

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