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11 setembro 2013

O Fim dos Luminares (Final)


– Estamos vendo Dom Eurico. – disse outro em resposta.
Os soldados rapidamente partiram para içá-lo das águas do fosso. Dom Eurico foi rapidamente resgatado.
– O senhor está bem? – perguntou o Comandante da Guarda Pedro Irineu Silveira.
Eurico rapidamente recuperou o fôlego.
– Ficarei melhor quando souber que conseguimos derrubá-los de uma vez por todas... – disse fitando o castelo.
Mais disparos foram deflagrados. As chamas foram alastrando-se mais e mais. Após algum tempo, só era possível perceber as paredes de pedra envolto em chamas, com as suas labaredas saltando pelas janelas e portas. Depois de tantos anos em uma perseguição contra a maldita Ordem dos Luminares, tudo parecia correr para um desfecho. Após algumas horas, o castelo estava em ruínas.
O Comandante Pedro Irineu Silveira se adiantou.
– Muito bem, homens! – disse. – Já vimos por demais! Vamos entrar no castelo!
– Mas, senhor! – retrucou outro. – Tudo foi queimado! O que pretende fazer?
– Abrir caminho para que Dom Paulo Eurico possa averiguar se o inimigo fora derrotado!
– Sim, senhor.

Os soldados de Eurico entraram novamente no castelo. A porta de entrada estava barrada por destroços, foi despedaçada. Eles continuaram se dirigindo para a torre mais alta, no último andar, lugar improvável de sobrevivência. O corredor de subida e as escadas mostravam-se cobertas por cinzas e totalmente queimadas. As paredes, arrombadas pelos disparos dos canhões.
Eles continuaram a prosseguir.
Foi então que fitaram a porta de entrada no qual Dom Eurico havia dado a sua última ordem. Ainda estava quente. O Comandante Irineu aproximou-se, deu as costas. Mesmo que a sala tivesse resistido às chamas, todos teriam sido asfixiados pela fumaça proveniente desta.
– Derrubem. – ordenou.
Os soldados o atenderam rapidamente. A sala estava coberta de cinzas e corpos. O fogo também havia entrado, não haveria como sobreviver. Dom Eurico adentrou a sala logo após, procurando pelo corpo do Lorde Dracul.
– Não está aqui... – concluiu com pesar na voz. – O maldito escapou...
– Como? – era o Comandante. – Como ele sobreviveu?
Eurico levantou a sobrancelha, franzindo a testa, enquanto seguia um rastro no chão. Apontou para uma parede.
– É falsa.
– Mais algum sobrevivente?
– Não creio.
– O que faremos com o líder dos Luminares? – continuou o Comandante.
– Ele se autodenomina um Lorde Dracul, isso é preocupante.
– Será que ele não morreu em meio às chamas do castelo?
– Acredite em mim. – respondeu Aléxis. – Esse tipo de homem não morre assim.
– O senhor disse “Lorde Dracul”?
– Isso é preocupante.
– Por que seria?
– Ele não era um Luminar, mas algo maior. Irei descobrir o que isso significa...

– O que estamos vendo aqui? – perguntou um dos soldados de Eurico. – Será que ele consegue sobreviver?

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