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19 setembro 2013

Ordem do Dragão - (Continuação ll)

O cogumelo de fogo cedeu.
Havia sido uma explosão muito superior a todas as anteriores. Os guardas da cidade olhavam abismados para o que acontecia. O comandante Pedro Irineu Silveira sentia-se completamente impotente frente ao que havia ocorrido. O seu governador estava próxima àquela explosão, próxima demais. Cada fibra de seu corpo havia se arrependido amargamente de ter obedecido a ordem de permanecer distante do combate. Afinal, o que ele era? Era certo que o governador era um aventureiro, um grande aventureiro, mas o militar preparado para aquele combate era, sem dúvida, o comandante, o homem que sentia-se amargamente arrependido.
– Homens! – ordenou. – Dêem os sinais para os canhões! Caso eu não retorne com o governador ou, se escutarem uma nova explosão, disparem!
– Sim, senhor! – foi a resposta.
O comandante começou a avançar lentamente, destacou mais vinte soldados consigo, sabendo que, se o seu receio estivesse correto, não adiantaria de nada. Continuou caminhando em direção da explosão. Observou a fumaça espessa, aproximou-se do local, não conseguiu segurar a surpresa.
– O que vocês estão fazendo aqui? – era a voz do governador.
O comandante os observou. Todos aqueles aventureiros estavam bem.
Sir Ray Stephen carregava em uma das mãos o que havia sobrado do estranho cavaleiro, apenas a carcaça da armadura, o corpo havia sido vaporizado com a explosão.
– Isso ainda não terminou. – continuou o governador, um tanto alterado. – O que vocês estão fazendo aqui?
– Vimos a explosão, senhor. – respondeu o comandante.
– Isso ainda não terminou.
– Do que o senhor está falando?
– A Ordem do Dragão não enviaria apenas um cavaleiro suicida...
– Enviaria o melhor. – retrucou Esteves.
– Contra uma cidade?
– Talvez...
– Eles precisariam de um exército para derrubar este lugar!
Dom Eurico mal havia terminado as suas palavras quando percebeu o que havia falado.
– Comandante! – disse. – Preparem os homens! Isso foi uma distração! Preparem os homens!
– Distração? Para o quê?
Só foi possível ouvir os disparos de diversos tiros de canhões advinda dos grandes muros. Um deles passou rente ao guerreiro árabe, o seu vulto o arremessou alguns metros para trás. Outro explodiu perto de Avaantã, este desapareceu em meio à explosão.
– Fujam! – ordenou Eurico.
Uma chuva de bolas de fogo cortou o lugar. Todos os soldados começaram a correr. As explosões em solo arremessava, mutilava ou pulverizava quem estivesse próximo. Só foi possível ver um dos disparos arrancando as metades de cima de dois soldados, outro caiu sem a perna. Um dos soldados da guarda terminou sem a sua cabeça.
Gritos de dor dominaram o lugar ao mesmo tempo que as explosões continuava.
– Maria! – gritou Eurico.
O comandante, o governador, Dona Maria D’Ana, Sir Ray, Depardieu, Sir Gregory, Lien não viam escapatória para aquele fim. O árabe e o selvagem estavam desaparecidos.
– Corram! – gritou Sir Gregory seguindo em direção de sua esposa.
As explosões eram fatais...

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