A destruição no centro havia sido total.
Havia partes de corpos queimados por todo lado. A fumaça e o cheiro de morte tomava o lugar. O estalar das chamas ouvia-se em toda parte, não parecia haver nenhum sobrevivente.
Os invasores da Ordem do Dragão observavam a coluna de fumaça que se erguia do centro à partir dos muros recém tomados.
– Confirmem novamente. – dizia um dos homens, em uma língua estranha e coberto por uma manta com a estampa de um dragão. – Preciso ter certeza de que Dom Eurico e o seu estranho grupo de aventureiros morreram juntamente com aqueles pífios soldados.
Haviam corpos de soldados da guarda jogados pelos muros.
A Ordem havia tomado todas as defesas da cidade, a distração advinda do cavaleiro suicida havia garantido o golpe.
– Enviamos novos homens, Lorde Dracul. – disse dos oficiais da ordem, chamava essa classe de “Dragões Vermelhos”. – Mas não há sinais de vida advindo do local.
O Lorde aproximou-se de seu Dragão Vermelho.
– Não importa. – continuou. – Foi dedicado um grande esforço neste ataque para descartar qualquer tipo de incidente. Averigúem novamente e tragam-me a certeza de nossa vitória. Estou descendo neste momento para discutir os aspectos de rendição dessa maldita cidade.
– Sim, senhor. – disse em resposta o Dragão Vermelho.
O povo estava abalado frente aos acontecimentos advindos do centro daquela cidade, não faziam ideia do que havia ocorrido. Os Dragões Vermelhos convocaram mais alguns soldados da ordem, descendo os grandes muros rapidamente. Os guardas dos canhões dos muros da cidade não haviam visto a infiltração daqueles homens, uma vez que tinham a sua atenção voltada para as explosões que ocorriam no centro da urbe e a possível ordem de disparar ao primeiro descontrole. Não foram capazes de perceber quando os Dragões Vermelhos e seus subalternos se infiltraram e conquistaram todos os pontos estratégicos da cidade. Havia muitos guardas de Eurico que poderiam se erguer contra a invasão, mas com o comando da guarda e o seu governador mortos, além dos pontos estratégicos de defesa tomados, era certo que uma resistência seria inútil, sequer sabiam quem os estava invadindo.
A Ordem do Dragão controlaria a cidade daquele momento em diante.
Isso significava também que as outras grandes cidades da Europa também poderiam ser controladas, seria uma questão de tempo e estratégia. E todas ocorreriam da mesma forma como em Eurico, sem derramamento de sangue, poupando os seus habitantes. A Ordem focava apenas o comando, não a destruição daquilo que dominariam.
Em Frente ao Castelo de Eurico, algumas horas depois.
Aléxis Eurico, filho de Dom Paulo Barros Eurico via-se sob custódia do Lorde da Ordem. A criança havia recebido da pior maneira que os seus pais haviam sido mortos no golpe contra a cidade.
Mais de três mil homens, soldados da Ordem haviam passado os muros com extrema tranquilidade, uma vez que os portões dos muros agora se viam completamente abertos e sem defesa. A todos os soldados da guarda, era facultado o direito de juntar-se a ordem ou ser encarcerado, mas não havia notícias de que algum soldado havia se rendido.
Todos haviam sido rendidos e levados para a praça em frente ao castelo.
Uma formação militar da Ordem se concentrava no centro da praça em frente ao castelo, enquanto os soldados de Eurico eram obrigados a assistir.
Aléxis observava.
– Não acha isso incrível, pequeno nobre? – era o Lorde Dracul. – Tomamos a cidade de seu pai de forma extremamente incisiva, sem dar um único disparo, eliminando apenas aquilo que importava.
Aléxis o olhou de volta.
– Você não pareceu respeitar a vida dos meus pais. – respondeu a criança de forma firme.
O Lorde sorriu.
– Às vezes, – respondeu de forma fria. – precisamos retirar do caminho aquilo que nos impede de prosseguir. O seu pai estava se mostrando muito eficiente em nos “atrapalhar”. Quase destruiu a nossa Ordem há alguns anos, derrubou a nossa principal arma nas terras selvagens, mas agora temos o nosso trunfo, recebemos o apoio de que sempre procuramos ter, com os mesmos fins, e derrubamos o seu pai. Agora, poderemos seguir em frente: dominaremos a Europa sem derramamento de sangue desnecessário, apenas cortando as cabeças...
– E quanto a mim?
– Como?
– Por que ainda estou vivo?
– Você nada pode fazer, criança. É apenas um ser comum que nada fará quando puder fazer alguma coisa. Serve apenas como garantia caso alguém tente alguma coisa absurda. O que fizemos agora parece ruim, mas você entenderá com o tempo todo o bem que começamos a causar a partir da tomada dessa cidade.
– Vocês ainda não tomaram essa cidade. – retrucou o jovem Aléxis.
– Caso não tenha percebido, não houve resistência de nenhum de seus guardas, minha criança.
– É justo por isso que digo que vocês não tomaram a cidade....
– Do que você está falando?
Aléxis nada mais disse, foi quando um Dragão Vermelho aproximou-se.
– Lorde...
– Reporte, homem.
– Estivemos analisando os vestígios do centro e não encontramos indícios que apontassem para os corpos do governador, sua esposa e o seu comandante. Foram encontrados túneis subterrâneos pelos quais muitos poderiam ter escapado, inclusive o estranho grupo de aventureiros que Dom Eurico estava montando contra nós.
– O quê?
Aléxis sorriu.
– Meu pai não ordenaria a rendição de seu homens e fingiria uma aparente derrota à toa, meu caro Lord.
Só foi possível ouvir uma série de explosões e disparos de canhões, Aléxis sorriu. Algumas explosões ocorriam nos muros, de dentro deles; outras, partiam dos muros, golpeando, sem fazer muita mira, os três mil homens da Ordem que estavam ainda concentrados em frente ao castelo de Eurico. Os soldados da guarda de Eurico rapidamente se rebelaram, atacando os seus captores.
Uma batalha sangrenta estava para ocorrer dentro dos muros da cidade.
O Lorde Dracul virou-se para encontrar o jovem Aléxis, este já havia desaparecido. Agora o Lord começava a entender. O governador não sabia quem estava enfrentando, a Ordem estava segura em sua obscuridade. Mas agora, com o primeiro passo para dominar a Europa, revelaram-se por completo. Mas o problema maior seria justo o fato de ter ocorrido uma falsa vitória e que a Ordem ainda estaria pisando em terreno inimigo, com os seus túneis e passagens secretas.
Eurico havia aproveitado o momento para que a Ordem se mostrasse, justo em um terreno desfavorável. Eles haviam caído em uma armadilha.
No início da praça em frente ao castelo, só foi possível ver a sombra de Dom Eurico, o estranho grupo de aventureiros que havia montado, o comandante da guarda e os soldados de Elite, juntamente com os lendários arqueiros.
– Comandante Pedro, Dom Esteves, Sir Gregory, Sir Ray, liderem o ataque. – era a ordem de Dom Eurico. – O resto vem comigo!
Havia partes de corpos queimados por todo lado. A fumaça e o cheiro de morte tomava o lugar. O estalar das chamas ouvia-se em toda parte, não parecia haver nenhum sobrevivente.
Os invasores da Ordem do Dragão observavam a coluna de fumaça que se erguia do centro à partir dos muros recém tomados.
– Confirmem novamente. – dizia um dos homens, em uma língua estranha e coberto por uma manta com a estampa de um dragão. – Preciso ter certeza de que Dom Eurico e o seu estranho grupo de aventureiros morreram juntamente com aqueles pífios soldados.
Haviam corpos de soldados da guarda jogados pelos muros.
A Ordem havia tomado todas as defesas da cidade, a distração advinda do cavaleiro suicida havia garantido o golpe.
– Enviamos novos homens, Lorde Dracul. – disse dos oficiais da ordem, chamava essa classe de “Dragões Vermelhos”. – Mas não há sinais de vida advindo do local.
O Lorde aproximou-se de seu Dragão Vermelho.
– Não importa. – continuou. – Foi dedicado um grande esforço neste ataque para descartar qualquer tipo de incidente. Averigúem novamente e tragam-me a certeza de nossa vitória. Estou descendo neste momento para discutir os aspectos de rendição dessa maldita cidade.
– Sim, senhor. – disse em resposta o Dragão Vermelho.
O povo estava abalado frente aos acontecimentos advindos do centro daquela cidade, não faziam ideia do que havia ocorrido. Os Dragões Vermelhos convocaram mais alguns soldados da ordem, descendo os grandes muros rapidamente. Os guardas dos canhões dos muros da cidade não haviam visto a infiltração daqueles homens, uma vez que tinham a sua atenção voltada para as explosões que ocorriam no centro da urbe e a possível ordem de disparar ao primeiro descontrole. Não foram capazes de perceber quando os Dragões Vermelhos e seus subalternos se infiltraram e conquistaram todos os pontos estratégicos da cidade. Havia muitos guardas de Eurico que poderiam se erguer contra a invasão, mas com o comando da guarda e o seu governador mortos, além dos pontos estratégicos de defesa tomados, era certo que uma resistência seria inútil, sequer sabiam quem os estava invadindo.
A Ordem do Dragão controlaria a cidade daquele momento em diante.
Isso significava também que as outras grandes cidades da Europa também poderiam ser controladas, seria uma questão de tempo e estratégia. E todas ocorreriam da mesma forma como em Eurico, sem derramamento de sangue, poupando os seus habitantes. A Ordem focava apenas o comando, não a destruição daquilo que dominariam.
Em Frente ao Castelo de Eurico, algumas horas depois.
Aléxis Eurico, filho de Dom Paulo Barros Eurico via-se sob custódia do Lorde da Ordem. A criança havia recebido da pior maneira que os seus pais haviam sido mortos no golpe contra a cidade.
Mais de três mil homens, soldados da Ordem haviam passado os muros com extrema tranquilidade, uma vez que os portões dos muros agora se viam completamente abertos e sem defesa. A todos os soldados da guarda, era facultado o direito de juntar-se a ordem ou ser encarcerado, mas não havia notícias de que algum soldado havia se rendido.
Todos haviam sido rendidos e levados para a praça em frente ao castelo.
Uma formação militar da Ordem se concentrava no centro da praça em frente ao castelo, enquanto os soldados de Eurico eram obrigados a assistir.
Aléxis observava.
– Não acha isso incrível, pequeno nobre? – era o Lorde Dracul. – Tomamos a cidade de seu pai de forma extremamente incisiva, sem dar um único disparo, eliminando apenas aquilo que importava.
Aléxis o olhou de volta.
– Você não pareceu respeitar a vida dos meus pais. – respondeu a criança de forma firme.
O Lorde sorriu.
– Às vezes, – respondeu de forma fria. – precisamos retirar do caminho aquilo que nos impede de prosseguir. O seu pai estava se mostrando muito eficiente em nos “atrapalhar”. Quase destruiu a nossa Ordem há alguns anos, derrubou a nossa principal arma nas terras selvagens, mas agora temos o nosso trunfo, recebemos o apoio de que sempre procuramos ter, com os mesmos fins, e derrubamos o seu pai. Agora, poderemos seguir em frente: dominaremos a Europa sem derramamento de sangue desnecessário, apenas cortando as cabeças...
– E quanto a mim?
– Como?
– Por que ainda estou vivo?
– Você nada pode fazer, criança. É apenas um ser comum que nada fará quando puder fazer alguma coisa. Serve apenas como garantia caso alguém tente alguma coisa absurda. O que fizemos agora parece ruim, mas você entenderá com o tempo todo o bem que começamos a causar a partir da tomada dessa cidade.
– Vocês ainda não tomaram essa cidade. – retrucou o jovem Aléxis.
– Caso não tenha percebido, não houve resistência de nenhum de seus guardas, minha criança.
– É justo por isso que digo que vocês não tomaram a cidade....
– Do que você está falando?
Aléxis nada mais disse, foi quando um Dragão Vermelho aproximou-se.
– Lorde...
– Reporte, homem.
– Estivemos analisando os vestígios do centro e não encontramos indícios que apontassem para os corpos do governador, sua esposa e o seu comandante. Foram encontrados túneis subterrâneos pelos quais muitos poderiam ter escapado, inclusive o estranho grupo de aventureiros que Dom Eurico estava montando contra nós.
– O quê?
Aléxis sorriu.
– Meu pai não ordenaria a rendição de seu homens e fingiria uma aparente derrota à toa, meu caro Lord.
Só foi possível ouvir uma série de explosões e disparos de canhões, Aléxis sorriu. Algumas explosões ocorriam nos muros, de dentro deles; outras, partiam dos muros, golpeando, sem fazer muita mira, os três mil homens da Ordem que estavam ainda concentrados em frente ao castelo de Eurico. Os soldados da guarda de Eurico rapidamente se rebelaram, atacando os seus captores.
Uma batalha sangrenta estava para ocorrer dentro dos muros da cidade.
O Lorde Dracul virou-se para encontrar o jovem Aléxis, este já havia desaparecido. Agora o Lord começava a entender. O governador não sabia quem estava enfrentando, a Ordem estava segura em sua obscuridade. Mas agora, com o primeiro passo para dominar a Europa, revelaram-se por completo. Mas o problema maior seria justo o fato de ter ocorrido uma falsa vitória e que a Ordem ainda estaria pisando em terreno inimigo, com os seus túneis e passagens secretas.
Eurico havia aproveitado o momento para que a Ordem se mostrasse, justo em um terreno desfavorável. Eles haviam caído em uma armadilha.
No início da praça em frente ao castelo, só foi possível ver a sombra de Dom Eurico, o estranho grupo de aventureiros que havia montado, o comandante da guarda e os soldados de Elite, juntamente com os lendários arqueiros.
– Comandante Pedro, Dom Esteves, Sir Gregory, Sir Ray, liderem o ataque. – era a ordem de Dom Eurico. – O resto vem comigo!
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