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01 novembro 2013

Missão de Guerra - Parte Final - (Final)

 A Despedida

Dois dias se passaram desde então, todos os guerreiros estavam bem e curados. A missão havia terminado. Estava na hora de voltar. Depardieu, Dom Eurico, juntamente com a jovem Rosa de Lisboa, Sir Gregory, Sir Ray, Lien, Dom Esteves e o nobre Abd partiriam juntos para retornar ao velho mundo e, consequentemente, às suas terras de origem.
– Não tenho como agradecer por terem vindo. – era o nobre português, dirigindo-se ao espanhol e ao árabe. – Se não fosse a ajuda de vocês, teríamos perdido essa disputa.
O árabe sorriu.
– Eu não viria, – disse. – ficaria em meu país, administrando o meu novo califado, mas Esteves me convenceu do contrário e me arrastou por essas águas até essas terras, apesar de avisá-lo que já estou velho para tal. Vocês jovens não enxergam os limites que Alá os colocou, mas eu entendo. Isso faz com que eu me sinta jovem novamente.
Esteves adiantou-se.
– Era o mínimo que poderia fazer. – começou. – Vocês não retornaram dentro do prazo de sessenta dias, não podia deixar de imaginar o pior. Ao ver a bandeira rasgada na embarcação francesa, percebi que Deus guiado as nossas velas com os ventos corretos. O resto foi tudo conseqüência.
– Alá, Deus Cristão... – era Abd.
Eurico sorriu.
– Não vamos discutir isso agora. – interrompeu. – Temos muito tempo para isso durante a viagem de retorno.
– Concordo...
Depardieu caminha com o líder da nação selvagem, o grande Avaantã.
– Você é um guerreiro esplêndido. – era o selvagem. – Poucos já resistiram a minha fúria em um confronto direto como o seu.
“Ora”, pensou Depardieu, “então ele encontrou algo para elogiar”.
– Obrigado. – respondeu o francês. – Nunca vi nada parecido com a sua força e agilidade. Esse elogio, vindo de ti, muito me enaltece.
– O quê?
– Desculpe. Meu português não é tão bom quanto o seu.
O selvagem apanhou um tubo com algumas setas finas, adornadas com penas, presas a ele.
– Quero que fique com isso. – disse.
Depardieu nada entendeu.
– Fiz esta arma como presente: coloque as setas dentro do tubo e assopre. Como vi você reclamar que não gosta de retirar vidas, o veneno das setas são apenas para paralisar o adversário e dar fortes alucinações.
– E quando o veneno e as setas acabarem?
Avaantã sorriu.
– Invente o seu próprio veneno. Faça as suas setas. É isso que um guerreiro faz.
Depardieu sorriu também.
O tempo passou e o sol já se mostrava em boa hora para a partida, todos os estrangeiros embarcaram. Logo deixariam a baía para trás, juntamente com as terras selvagens.
– Até a próxima aventura. – profetizou Depardieu em voz baixa enquanto se afastavam da terra.
Avaantã e sua esposa Japira acompanhavam com os olhos os guerreiros estrangeiros mais formidáveis que já haviam postos os olhos e torciam para que pudessem lutar novamente lado a lado.
– Até a próxima... – determinou Avaantã.

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