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31 julho 2013

Ritual Macabro

Já era noite quando quatro amigos chegaram a uma cabine nas montanhas geladas de Montana nos Estados Unidos que alugaram para passar o fim de semana. A neve cobria a casa e os pinheiros em volta e o vento gelado cortava seus rostos com força. Eles olharam para o céu e viram a lua cheia de trás de uma camada grossa e vermelha de nevoeiro. Sorriram uns para os outros, a noite estava mais que perfeita para seus planos.

Eles entraram na cabine, olharam todos os cômodos para confirmar que não havia ninguém. Dois deles foram para fora trazer a bagagem e os outros dois ficaram na sala. Eles foram arrastando os moveis formando um círculo. Quando tudo estava limpo, trouxeram a mesa de jantar para o meio.

Mito de Osiris E Isis


Osíris e Ísis foram induzidos a descer sobre a terra, a fim de espalhar dádivas e bênçãos sobre os seus habitantes. Isis ensinou-lhes, primeiro, o uso do trigo e da cevada, e Osíris fez os instrumentos de agricultura e ensinou aos homens como usá-los, assim como atrelar o boi ao arado.
Depois, deu leis aos homens, a instituição do casamento, uma organização civil, e explicou-lhes como deviam adorar os deuses.
Tendo, assim, feito do vale do Nilo uma região feliz, reuniu uma hoste, com a qual foi distribuir suas bênçãos ao resto do mundo. Conquistou nações por toda a parte, mas não com armas, apenas com música e eloqüência. Seu irmão, Tifão, viu aquilo, e encheu-se de inveja e malícia, procurando, durante sua ausência, usurpar-lhe o trono. Isis, porém, que mantinha as rédeas do governo em suas mãos, frustrou-lhe os planos.
Ainda mais amargurado ele resolveu matar o irmão, o que fez da seguinte maneira:

30 julho 2013

Perdido na noite de Halloween

Era noite de Halloweenm a lua cheia brilhava forte no céu. José bateu o copo de pinga com força no balcão e se despediu do atendente gordo que enxugava alguns copos do outro lado. De pé, ele notou que o mundo estava girando incontrolavelmente, o porre do dia havia sido “bão” como gostava de dizer.

Ele saiu do bar e virou à esquerda. Caminhou algumas quadras pelas ruas esburacadas e mal iluminadas quando se viu diante de uma bifurcação. A sua esquerda, uma mata densa e perigosa que tinha uma trilha pequena que o levaria até a fazenda onde trabalhava de peão e morava com sua esposa e filhos. A sua direita uma estrada de chão batido que o levaria ao mesmo destino, mas demoraria uns quinze minutos a mais. Normalmente ele não pensaria duas vezes, iria pela estrada que era segura que o guiaria certamente a sua casa, ele tinha medo não somente de se perder, mas também dos animais famintos que o teriam como presa fácil. Mas naquele dia resolveu ir pela trilha.

“Se eu ficar na trilha eu me não me perco, chego em casa mais cedo para encher de sopapos aquela vadia que se diz minha muié.” – disse excitado.

O álcool não deixava o medo controlar José que foi caminhando em direção a mata.

“Ô seu Zé.” - Escutou o bêbado de longe.

Quando olhou para trás viu um de seus amigos correndo em sua direção. Sem dizer nada ele olhou para o homem que se aproximava.

“Ô seu Zé, onde ocê ta indo sô?

“Onde ocê pensa seu bocó? Pra casa é craro uai.

“Se eu fosse ocê eu num entrava ai não. Ocê sabe que tem gente que morre ai por essas bandas e gente que desaparece também.

“Era só o que me faltava, vai te catar, eu quero chegar em casa logo.”

E José seguiu seu caminho ignorando seu amigo que continuou protestando até perceber que não teria nenhum resultado.

A escuridão aumentava a cada passo que ele dava, a mata se fechava ao seu redor e a trilha pouco a pouco desaparecia. José quis voltar, mas quando olhou para trás se deparou com a escuridão. Agora ele já não sabia em que direção tomar ou mesmo em que direção estava.

“Celeste eu vou te matar sua desgraçada, é tudo culpa sua, eu vou te matar.” – gritou o bêbado culpando sua pobre esposa por seu próprio erro.

Após o grito a natureza parecia mais viva do que nunca. O barulho de animais, insetos e plantas eram claros agora, pareciam chamar seu nome. José se virava de um lado a outro tentando ver alguma coisa e com medo de ser atacado. Algo se enrolou em sua mão o prendendo em uma árvore e ele gritou novamente, um inseto pousou em seu ouvido e ele ainda gritando deu tapas fortes e descontrolados em sua orelha tentando retirar o bicho que zumbia cada vez mais alto. Agora ele tinha certeza de que estava sendo atacado, sentia que vários insetos subiam por sua perna e muitos outros zumbiam ao seu ouvido. Desesperado ele chorou.

Para o seu terror passos fortes e altos vinham em sua direção. Seu maior medo havia se tornado realidade e ele seria atacado por um lobo, onça ou qualquer animal feroz e carnívoro que estava pronto para comer uma presa fácil.

“Celeste, eu só queria chegar em casa.” – repetiu o nome da esposa chorando.

“José. É ocê?” – disse uma voz conhecida.

Em um passe de mágica tudo desapareceu, os insetos já não subiam por suas pernas ou zumbiam em seus ouvidos. O que lhe prendia a mão à arvore já não estava lá. A escuridão aos poucos foi dispersando e ele novamente podia ver as silhuetas das plantas e da pessoa que se aproximava.

“Celeste, ainda bem que ocê taaqui. Eu achei que eutava perdido, minha imaginação estava me pregando uma peça das boa.”

“Eu escutei seus grito e vim te encontrar. Agora vem, vamo pra casa homi.”

Os dois começaram a andar pela mata. Celeste na frente mostrando o caminho e José seguindo enquanto elogiava a mulher por salva-lo. Ela por sua vez andava rápido e ficou calada a maior parte do tempo somente respondendo com um “uhum” as perguntas do bêbado.

Enquanto isso, Celeste, a esposa de José, conversava com um amigo de seu marido em sua casa. Ele contava a ela que José havia entrado na mata, estava bêbado e descontrolado. Isso havia mais de uma hora e com certeza ele estava perdido porque o trajeto não demorava mais do que dez minutos. Ela sabia que não havia nada a ser feito a não ser esperar até amanhecer e ir procurá-lo.

Com a mão no rosto Celeste chorou por horas seguidas, apesar de seu marido não ser perfeito ela o amava e seus filhos também. Por isso ela não queria perde-lo.

“ Óia, eu sei que eu tava perdido, mas porque tamo demorando tanto? Se eu tava tão longe de casa assim como ocê me escutou?” – questionava o bêbado.

“Estamos chegando, logo logo ocê vai chegar em casa, oia a luz ali.” – respondeu a mulher.

José olhou para frente e viu uma luz branca em meio a vegetação. Afobado ele saiu correndo em direção ao seu destino. Quando ele passou pela ultima árvore ele levou um susto e parou imediatamente com medo de perder sua vida. Por pouco ele não caiu no penhasco a sua frente.

“Sua desgraçada. Ocê ta tentando me mata? – gritou José olhando a mulher que ainda estava caminhando em sua direção.

Celeste não disse nada e continuou caminhando em direção a José que esperava que ela se aproximasse para dar-lhe umas bordoadas. A luz da lua cheia iluminou o rosto daquela que supostamente era sua esposa.

Para o terror de José, quem o guiou para fora da mata não foi sua esposa, mas uma figura que ele não podia imaginar o que era. O rosto lembrava uma cabra misturada com um cavalo com olhos grandes em formato elíptico, mas coberto de escama vermelha. O corpo parecia humano, mas era coberto de pelos negros e brilhantes. No lugar dos pés havia um par de cascos. O ar que antes estava fresco e cheirava a plantas havia se transformado em um ar pesado e denso, o cheiro de enxofre no ar era muito evidente para ser ignorado.

“Vai de reto Sat...” – tentou gritar José.

Com uma velocidade inumana a criatura correu em direção a José. Com um de seus cascos ela bateu no peito do homem que foi arremessado no precipício. O bêbado sentiu o casco bater em seu peito, seus pulmões não obedeceram a ordem de respirar. Seus pés saíram do chão e ele outra vez viu o mundo girar descontroladamente.

O José girou dezenas de vezes até atingir uma pedra que ficava em baixo do precipício. Seu corpo contorcido ficou estático e seu olhar petrificado. Sangue escorreu por debaixo de seu cadáver manchando a pedra de vermelho. Olhando com deleite lá de cima do precipício estava a criatura. Sorrindo com seus dentes grandes e pontiagudos. Ela diz ao espírito de José que esta sendo carregado por vultos sombrios enquanto se debatia e gritava.

“Não se preocupe, logo logo você vai chegar em casa.”

Um conto da vida real

A Bahia tem uma cidade chamada Senhor do Bonfim, nome que me emociona hoje. Só mesmo na Bahia! Passei muitas férias lá, na casa do Tio Jair e Tia Judith. Na primeira vez, acho que tinha somente seis anos. Andava livre por todas as ruas, com dinheiro no bolso.

A lenda de Brosingamene

Todos os dias, Freyja, a Deusa do amor, brincava e fazia travessuras nos campos. Um dia ela deitou-se para descansar e enquanto ela dormia, Loki, o astuto, o travesso, o mexeriqueiro dos deuses, foi espiar o brilho do Brosingamene, a tiara dela. Silencioso como a noite, Loki moveu-se em direcção à Deusa que dormia e, com os seus leves dedos, removeu a tiara prateada de sua branca nuca.

Em seguida, Freyja acordou e percebeu imediatamente a sua perda. Apesar de Loki se mover com a velocidade dos ventos, ela o viu ao longe e correu atrás, porém ele já havia pego a barcaça para a Dreun.

Freyja entrou em desespero. A escuridão envolveu-a para ocultar suas lágrimas. Grande foi sua angústia, toda luz e toda vida juntaram-se a ela em sua ruína.

Para todos os cantos foram enviados espiões em busca de Loki, mesmo sabendo que eles não o encontrariam. Pois quem dentre eles, excepto os deuses e o travesso Loki, poderia descer a Dreun e dali retornar? Devido a isto, ainda fraca pelo desgosto, a própria deusa do amor encheu-se de coragem e desceu a Dreun em busca do Brosingamene.

Atravessou os portais para a barcaça e apesar de reconhecida passou. A multidão de almas que ali se encontravam clamaram prazeirosamente ao vê-la e, mesmo sem que ela percebesse, lamentavam a perda da sua luz.

O infame Loki não deixou nenhuma pista a ser seguida, mesmo sendo visto em toda parte. Todos aqueles com os quais a Deusa conversava diziam-lhe com firmeza: "Loki não portava jóia alguma quando passou por aqui". Então, onde teria ele a escondido? Desesperada, Freyja o procurou por uma era.

Hearhden, o poderoso ferreiro dos deuses, não conseguia descansar devido o lamento das almas pelo pesar de Freyja.

E saiu a passos largos da sua ferraria, a fim de achar a causa do lamento. Então ele viu onde o mexeriqueiro Loki depositou a tiara prateada: sobre a rocha diante da sua porta.

Agora tudo estava claro! E quando Hearhden tomou posse do Brosingamene, Loki apareceu diante dele, sua face estava selvagemente raivosa. Apesar disto, Loki não atacaria Hearhden, pois este era um poderoso ferreiro cuja força era conhecida além de Dreun.

Loki usou de todos os seus truques e trapaças para pôr novamente suas mãos sobre a tiara. Mudou de forma; dardejou daqui para ali; tornou-se invisível e então visível.. Mesmo assim não conseguia enganar o ferreiro.

Cansando da luta, Hearhden tomou a sua poderosa clava e então afugentou Loki. Grande foi o regozijo de Freyja quando Hearhden colocou o Brosingamene novamente em seu pescoço.

Grandes foram os choros de prazer oriundos de Dreun. Grandes foram os agradecimentos que Freyja a todos os homens e deuses que ajudaram no retorno de Brosingamene.

Até que Hulda, deusa dos reinos subterrâneos, apareceu diante de Freyja, acompanhada por Loki, dizendo à Deusa que ela não poderia deixar Dreun sem pagar um tributo. Freyja mais uma vez caiu em desespero e disse a Hulda que nada possuía.

Porem Loki disse que a deusa portava o Brosingamene em torno de seu pescoço. Freyja soluçou e chorou, dizendo que jamais desistiria da sua jóia.

Hulda então disse que ela deveria dividir o Brosingamene com Loki: cada um passaria metade do ano com a jóia e somente assim Freyja poderia sair de Dreun. Freyja chorou e tentou de todas as formas não dividir a sua jóia com Loki, porém após algum tempo acabou concordando, dizendo que permitiria que ele o portasse por 6 meses.

A partir de então, o Brosingamene passou a ficar com Loki por metade do ano e, neste período, Freyja, angustiada, cai novamente em desespero, trazendo mais uma vez a sua volta à escuridão para esconder suas lágrimas, e uma vez mais toda luz, toda vida e todas as criaturas juntam-se a ela em seu terrível destino.

É por isso, então, que na metade da roda do ano, quando Loki toma o Brosingamene e Freyja fica desesperada, a escuridão desce e o mundo torna-se frio e gélido. E na outra metade, quando Freyja recebe novamente sua jóia, não havendo limites para seu regozijo, a escuridão é substituída pela Luz e o mundo torna-se quente mais uma vez.

A lenda do Dragão e a Donzela


Baladas medievais contam que Jorge era filho de Lorde Albert de Coventry.

Sua mãe morreu ao dá-lo à luz e o recém nascido Jorge foi roubado pela Dama do Bosque para que pudesse, mais tarde, fazer proezas com suas armas.

O corpo de Jorge possuia três marcas: um dragão em seu peito, uma jarreira em volta de uma das pernas e uma cruz vermelho-sangue em seu braço.

O conto dos dois irmãos

 Existiam dois irmãos chamados Anup e Bata. Anup era o irmão mais velho e já era casado e Bata o mais novo. Eles viviam na mesma casa e Anup e sua esposa tratavam Bata como a um filho. Bata trabalhava no campo e era muito forte “pois a força de um deus estava nele”(ARAÚJO, Emanuel. 2000 p. 83). Bata trabalhava e levava diariamente suas colheitas para o irmão e depois de jantar com a família, ia para o estábulo dormir no meio do gado. Além da colheita, Bata também cuidava do gado e conseguia ter o melhor rebanho de todos, pois ouvia o que os bois diziam e estes lhe indicavam o melhor lugar para se pastar.

Quando chegou a estação da lavra, ambos os irmãos foram para o campo para arar a terra, mas chegou um momento que as sementes acabaram e Anup pediu que Bata voltasse para casa pegar mais sementes. Chegando em casa, Bata encontrou a irmã de seu irmão sentada trançando o cabelo e Bata requisitou-lhe as sementes, no entanto, ela apenas se virou pra ele e disse:

Lenda de Afrodite


Afrodite é uma das mais antigas deusas gregas. Sua origem remonta à deusa semítica Ishtar da Mesopotâmia, Astarte, na Síria e na Fenícia e Milila da Babilônia.

O culto desta divindade oriental foi levado para a Grécia através de marinheiros e mercadores e na mitologia, seu nascimento está ligado à lenda que, duas gerações depois, levaria Zeus ao trono do Olimpo.

Durante tempos incontáveis, Urano, o Céu, obrigou Gaia, a Terra, sua esposa, a dar à luz deuses, Titãs, Ciclopes e Gigantes. Entretanto, não amava os seres que concebia, pelo contrário, os odiava e os encerrava sob terra, condenando-os a jamais ver a luz.

O menino e o padre humilde

Nossa Senhora, com o Menino Jesus nos braços, resolveu descer à Terra e visitar um mosteiro. Origulhosos, todos os padres fizeram uma grande fila, e cada um se apresentava diante da Virgem para prestar a sua homenagem.

Um declamou belos poemas, outro mostrou as suas iluminuras para a Bíblia, um terceiro disse o nome de todos os santos. E assim por diante, monge após monge, cada um homenageou a Nossa Senhora e o Menino Jesus.

29 julho 2013

A Arvore dos Enforcados

Quando a norte-americana Eletronics Company Empire resolveu montar sua filial brasileira em nossa cidade, eu era um jovem de vinte e cinco anos, havia me formado em informática na universidade local e ansiava por encontrar um emprego seguro que influenciasse minha namorada a decidir-se favoravelmente ao meu pedido de casamento. Samira estava relutante a respeito do matrimônio simplesmente porque não tínhamos estabilidade financeira, ela trabalhava como tradutora free-lance e seu pai era um homem amargurado, abandonado pela esposa e que via a vida se esvaindo enquanto media areia num depósito de material de construção; eu era um caipira órfão que me sustentava com as parcas rendas de uma criação de cabras, galinhas e algumas vacas leiteiras de um sítio recebido de herança de meus pais. Um sítio que era considerado pela população como lugar amaldiçoado – a cem metros da única casa da propriedade, uma edificação de dois andares, velha, de madeira, grande e sombria, havia uma imensa árvore centenária, esgalhada, com a terrível fama de atrair pessoas desesperadas. Várias vezes por ano alguém cingia uma corda no pescoço e se dependurava nos seus galhos robustos, rugosos e fortes. Eu, que tinha meu quarto no segundo andar, estava tão acostumado com a violência daquelas mortes que nem dava muita importância – desde pequeno acordava muitas vezes com o vento uivando de maneira solene, ia à janela e observava um corpo balançando solitariamente, a coisa era até poética quando havia uma lua cheia no céu parcialmente nublado. Meus pais – quando eram vivos – ligavam para a polícia. Depois que eles morreram num acidente com o nosso fordinho de antanho, eu passei a encarregar-me de avisar as autoridades. Com o tempo, os suicídios tornaram-se uma rotina tão grande que os agentes da perícia médica deixaram de vir com os policiais para atender aos chamados. Os meganhas retiravam o cadáver da forca, punham-no dentro do camburão e zarpavam. Já não enchiam o meu saco exigindo depoimentos. O morto geralmente era um viciado em tóxico, um endividado em jogos, uma jovem desiludida, um arruinado nos negócios – gente desse naipe. De vez em quando um malaco qualquer desistia do suicídio na última hora, ia embora e a corda com seu laço lúgubre ficava pendurada num dos galhos da árvore. Da última vez contei as forcas ainda virgens balançando ao sabor dos ventos noturnos – havia quinze desses arranjos.

Samira odiava meu pedaço de terra, vivia insistindo para que eu vendesse tudo, comprasse um apartamentozinho na cidade, arranjasse um emprego decente, que me tornasse uma pessoa normal, comum, um cidadão que no seio da sociedade não fosse olhado como aberração. A instalação da empresa norte-americana em nosso município pareceu-me uma bênção do céu. Assim, contei a Samira das minhas pretensões empregatícias na Eletronics Company Empire e, claro está, ela vibrou de entusiasmo. Fiz uma ficha na empresa, uma semana depois fui chamado para a entrevista. Foi aí que o bicho pegou – eu teria que falar com uma psicóloga da firma e, ainda, com o diretor-geral, um gringo chamado Victor Roddick, e o cara tinha dificuldade em dizer até mesmo bom dia em português. Quanto a mim, conseguia ler e escrever em inglês com desenvoltura, mas não entendia os fonemas e era incapaz de pronunciar a mais corriqueira das frases. Minha língua dava nó dentro da boca, eu balbuciava coisas ininteligíveis que provocavam risos em qualquer um que estivesse por perto.

– Vou me informar, Ditão, se posso servir de intérprete – disse Samira. Ora, como é que eu não tinha pensado naquilo? Samira falava inglês corretamente e não dava vexame quando se aventurava no árabe, língua dos ancestrais da mãe. Minha garota foi aos escritórios da empresa, passou por várias salas conversando com subalternos até chegar ao diretor Victor Roddick – o que não consegue uma jovem bela, inteligente e determinada? O homem todo poderoso mandou que Samira me levasse à sua presença.

No dia e hora determinados, Samira foi ao salão de beleza e deu uma encaracolada no seu longo cabelo negro, maquilou-se, colocou um vestido vermelho decotado generosamente e com a barra um palmo acima dos joelhos, calçou sapatos salto-agulha e lá fomos nós para a entrevista, eu com o braço em torno de seus ombros, todo orgulhoso de namorar a garota que era, sem dúvida, a mais bela da cidade. Sentia-me capaz de mover o mundo com um peteleco do dedo mindinho. Samira, pequenina perto dos meus quase dois metros de altura e cento e dez quilos de músculos, parecia uma avezinha implume protegida sob as asas do condor-rei. O diretor Victor Roddick recebeu-nos à porta de seu gabinete de trabalho, conduziu-nos para duas poltronas postadas à frente da grande escrivaninha de madeira maciça. Roddick me surpreendeu logo de cara. Não era semelhante à imagem que eu fazia de um dirigente de uma empresa do porte da Eletronics Company Empire. Se não tivesse todos os membros em tamanhos normais, poderia facilmente ser chamado de anão. Não devia ter mais que um metro e meio de altura, excessivamente magro, cabelos totalmente brancos, a pele do rosto parecia um pergaminho milenar cheio de dobras, vincos e ranhuras. Sua idade poderia variar entre os setenta e noventa anos.

O diretor sentou-se por detrás da mesa descomunal e ficou nos olhando – minto, ficou olhando Samira, ela cruzara as pernas e um bom pedaço do seu magnífico par de coxas magnetizava os olhos pequenos, cinza, úmidos do gringo. Os dois começaram a conversar, Samira ria com todos os dentes, passava a mão pelos cabelos, se esmerava na arte da sedução, muito coquete, num atrevimento que só; o homem todo simpaticão parecia estar sacando do repertório americano engraçadíssimas piadas de salão, aquelas anedotas execráveis que tantas vezes já vimos em filmes de comédia. E foi assim. Por mais de meia hora os dois trocaram impressões, falavam nisso e naquilo sem que eu entendesse pissiricas. Só fui abrir a boca – para dizer um tímido até logo ao homem – depois que Samira e Victor Roddick levantaram-se de seus assentos e deram um formidável aperto de mão. Apenas quando caminhávamos pelos corredores do prédio administrativo é que Samira dignou-se a me dirigir a palavra.

– Pronto, Ditão, o emprego é seu. E se prepare para mais uma boa notícia, eu também fui contratada. Vou ser secretária do Dr. Victor Roddick. Não é a maravilha das maravilhas? Agora, neste momento, o nosso diretor já deve estar telefonando para o Departamento de Pessoal. A gente tá indo pra lá assinar a papelada.

Fui designado para o setor de montagem de softwares e uma semana após o diretor Victor Roddick me convocou para uma reunião em sua sala. Com Samira servindo como intérprete, fiquei sabendo que seria indicado para o cargo de supervisor de serviços gerais. Mas para tanto eu precisava fazer um estágio de seis meses na matriz da Eletronics Company Empire, em Detroit. Fiquei de pensar no caso, na verdade não estava disposto a ir para uma terra estrangeira, tinha consciência de ser um caipira de difícil adaptação. Naquela noite, nos lençóis do Motel Alameda, Samira convenceu-me que eu não devia perder a chance de subir hierarquicamente dentro da empresa. Tirei meu passaporte e quinze dias depois viajei de avião para a cidade considerada por muitos americanos como a mais violenta dos Estados Unidos. Não vi nenhum tipo de violência, principalmente porque me entoquei no hotel reservado pela empresa. Era do trabalho para casa, durante seis meses aprendi o que tinha que aprender na matriz da Eletronic Company Empire – inclusive a falar o idioma inglês – e não dei nem mesmo um passeio pelo centro da cidade. Eu era só tristeza, saudades de Samira, dos meus animais de criação que ficaram sob os cuidados de um primo beberrão, do meu pedacinho de terra improdutiva e até mesmo da árvore centenária com seus galhos retorcidos cheios de forcas penduradas como se fossem frutas.

Retornei do estágio em Detroit e soube de supetão que Samira estava morando numa cobertura duplex da Avenida Higienópolis, região central da cidade. Em companhia do velhinho mais para anão, o diretor Victor Roddick. O pai de Samira, outrora o homem mais amargurado que eu já tinha conhecido, não era mais o empregadinho no depósito de materiais de construção – com os bolsos repletos de dólares americanos, havia adquirido o estabelecimento comercial, esbanjava sorrisos e, montado num carro recém-adquirido, novinho em folha, era o cara da vez nos prostíbulos disfarçados de casas de massagem. As surpresas não pararam por aí: assim que reassumi meu cargo de supervisor geral da Eletronics Company Empire, fui chamado ao Departamento de Pessoal, lá recebi de uma funcionária despida de sorrisos um papel assinado pelo diretor Victor Roddick – eu estava demitido. E mais: por justa causa. O documento estava tão bem redigido, tão bem articulado, apontava tantas desqualificações de meu caráter e tantas falhas funcionais na execução das minhas tarefas operárias que nem pensei em mover uma ação trabalhista. Seria o meu advogadinho – indicado pelo Estado – contra o batalhão de jurisconsultos amealhados a peso de ouro pela maldita empresa. Pobre é assim, quando é fodido pelos poderosos, a coisa tende a estraçalhar todas as pregas do fiofó. Desanimado, desiludido, massacrado pelas injustiças, com o rabo entre as pernas voltei para o meu sitiozinho, para a companhia de minhas cabras, galinhas e vaquinhas leiteiras.

Passaram-se cinco anos, nesse tempo arranjei uma amante chamada Eunice, uma sitiante viúva, ainda jovem, que me recebia em sua casa e nunca pôs os pés em minhas terras; durante esses anos melhorei um pouquinho minha condição financeira após investir na criação de codornas e coelhos e, também, passei a ter visões com os enforcados na minha árvore, todos eles, desde o tempo em que comecei a me conhecer por gente. Acordava de noite com os ventos uivando, olhava pela janela e lá estavam aquelas criaturas desesperadas balançando nos galhos rijos e grossos. Uma árvore carregada de cadáveres esbatidos pela claridade lunar. Nunca consegui esquecer Samira, não porque ainda estivesse apaixonado, mas por causa da tristeza provocada pela sua traição. Porém, não odiava a garota, na verdade tinha até uma ponta de pena por vê-la, graças à ambição desmedida, desperdiçando os melhores anos de sua vida em companhia de um velhinho que poderia ser seu avô – que digo? – seu bisavô. Meu ódio se concentrava em Victor Roddick, o grandíssimo canalha, era tanto ódio que sobrava animosidade para os demais diretores da Eletronics Company Empire.

Um dia recebi com grande surpresa um enviado da diretoria da empresa. O sujeito trazia uma pasta com muitos dólares e a proposta de aluguel por uma noite da minha propriedade. Explicou-me que os chefões tinham ouvido falar da Árvore dos Enforcados, se divertiram muito com os comentários supersticiosos envolvendo fantasmas e outras fantasias monstruosas e, por puro gozo, queriam fazer uma festa à grande em comemoração ao Halloween, uma festa bem ali, sob minha árvore amaldiçoada. Eu não sabia o que significava Halloween, o carinha me falou longamente a respeito da tradição americana ao dia consagrado às bruxas, era tanta besteira junta que acabei rindo e topei a parada.

No dia da festa de Halloween fui para a cidade, comprei algumas garrafas de cachaça, conversei longamente com os conhecidos a respeito da maluquice dos gringos, demos muitas risadas dos panacas, avisei a todos que estaria em casa da minha amante, íamos fazer quentão, quem quisesse que fosse lá tomar uns tragos. Comprei brinquedos para as três crianças pequenas de Eunice e fui para o sítio dela. Na manhã seguinte fui acordado por três policiais que me informaram: o diretor Victor Roddick, da Eletronics Company Empire, fora encontrado devidamente pendurado num galho da Árvore dos Enforcados e eu, claro, era o principal suspeito de um possível assassinato. Eu tinha meu álibi, sólido como rocha. Ali estava Eunice, minha companheira, para confirmar que passáramos a noite juntos, tomando quentão e comendo broas de milho. Havia também as crianças, elas tinham ido dormir tarde da noite e poderiam testemunhar a meu favor. Sim senhor, meu álibi era incontestável. O que ninguém sabia é que, se Eunice bebeu quentão como um gambá, eu mal molhei a boca com o preparado alcoólico. Por volta das dez horas da noite colocamos as crianças na cama, às onze e meia Eunice dormia esparramada no sofá, embriagada. À meia-noite fiz o percurso entre o sítio dela e o meu numa velocidade de maratonista e, por uma sorte absurda, encontrei a cúpula diretiva da empresa em final de festa, havia litros de uísque, vodca e gim espalhados em torno da Árvore dos Enforcados, os gringos arrastavam pelo chão, uns vomitando, outros já inconscientes. Esperei até que todos mergulhassem nas brumas alcoólicas, depois ajuntei o corpinho minúsculo de Victor Roddick pela cintura, joguei-o nos ombros e subi a árvore com a categoria e agilidade de um felino. Para minha surpresa, Roddick saiu da inconsciência e ficou sóbrio num piscar de olhos. Começou a se debater e a gritar pedindo socorro. Não adiantava nada, seus amigos chafurdavam no coma alcoólico, não iriam ajudá-lo de jeito nenhum. Ajeitei uma das forcas no pescocinho fino do diretor, frágil como uma haste de flor.

– My God! – ele gemeu.

– Sem my God, meu chapa – eu disse. E soltei o gringo no espaço. Desci da árvore e observei o sujeitinho com os olhos esbugalhados e a língua de fora. Um belo espetáculo, sem dúvida. Uma visão maravilhosa. Em seguida voltei para o sítio de Eunice, bebi alguns copos de pinga pura e tratei de acordar minha amásia com xícaras e xícaras de café, rimos da bebedeira, dançamos pela sala, trôpegos, bêbados, felizes, transamos alucinadamente e por fim dormimos.

Pelo menos até agora as autoridades não descobriram o que aconteceu realmente na festa de Halloween dos gringos. Da minha parte, daqui da janela do segundo andar de minha enorme casa de madeira, frequentemente vejo o espectro do diretor Victor Roddick, entre os demais suicidas de outras épocas, balançando suavemente na ponta da corda, açoitado pelo vento noturno e palidamente banhado pelos raios da lua. É um êxtase.

A humildade

Muitos e muitos anos atrás, um homem muito sábio visitava os povoados, realizando os pedidos das pessoas que ele julgava que tinham atuado com justiça e benevolência.

Este homem sábio tinha a faculdade de atender os pedidos de todas as pessoas que se acercavam a ele; por este motivo, numa determinada cidadezinha existia um grande alvoroço.

A guerra entre Os Aesir E Os Vanir

Um dia, quando o mundo ainda era jovem, bem antes de se formar o solo de Midgard, uma bruxa chegou a Asgard. Seu nome era Gullveig, e ela tinha um ardente desejo por ouro. Não falava sobre nada que não fosse o quanto ela amava ouro, até que Odin e todos os Aesir se cansaram dela. Ao fim de uma refeição, decidiram que o mundo ficaria melhor sem a ambiciosa Gullveig. Então ela foi torturada e queimada pelos Aesir, mas não conseguiram mata-la. Foi queimada 3 vezes, e 3 vezes renasceu e saiu do fogo. A ela foi dado um outro nome, chamaram-na Heid, a Cintilante. Ela era a Bruxa Suprema, podia ver passado e futuro, encantar varinhas de madeira, lançar feitiços, era uma mestra da magia.

Quando os Vanir souberam como Gullveig foi recebida pelos Aesir, ficaram furiosos com tamanha falta de hospitalidade. Juraram vingança e se prepararam para a guerra. Mas Odin podia ver e ouvir tudo o que se passava em baixo, assim viu os Vanir afiando as suas lanças. Então os Aesir começaram a polir os seus escudos.

As aventuras de Horus e Seth

Quando Osíris abandonou as plagas terrestres a fim de ir habitar o país dos Bem-aventurados, dois deuses reivindicaram o trono do Egipto, Set, deus pérfido e violento, que assassinara o irmão, e Horo, filho póstumo de Osíris, bom e justiceiro. Ísis, mãe de Horo, o criara num recanto isolado do Delta, na doce esperança de que, quando crescesse, vingaria o pai e reinaria por sobre todo o Egipto.

A contenda foi levada ao tribunal dos deuses aos quais competia decidir quem reinaria sobre o trono. O juiz supremo desse tribunal era o Senhor Universal, forma divina que tanto pode corresponder a Atum como a Ré-Haracti, ou a ambos ao mesmo tempo; esses dois deuses formavam a base do sistema heliopolitano.

A Catedral Submersa

Na Bretanha, as crianças ouvem contar a lenda da catedral submersa: Era uma vez uma catedral bonita, plantada havia muitos anos na beira do mar. Era a jóia da aldeia, o povo gostava dela. Em dia de festa, mais bonita ficava, cheia de gente, e os sinos dobrando.

"Mas um dia — foi o vento? foi a maré muito forte? foram os pecados da gente que irritaram a Deus? — o certo é que o mar subiu e devorou a catedral.

Lenda de Hades


Hades, deus do mundo subterrâneo (ou deus do inferno) da mitologia grega (ou Plutão, na mitologia romana), filho de Cronos e Réia, irmão de Zeus, Héstia, Demeter, Hera e Poseidon. Era casado com Perséfone (Cora para os romanos), que raptou do mundo superior, paraa. Este mito ficou muito conhecido como o rapto de Cora . Ele a traiu duas vezes, uma quando teve um caso com a ninfa do Cócito e também quando se apaixonou por Leuce, filha do Oceano.

Hades dominava o reino dos mortos, um lugar onde só imperava a tristeza. Conseguiu esse domínio através de uma luta contra os titãs, que Poseidon, Zeus e ele venceram. Assim Poseidon ficou com o domínio dos mares, Zeus ficou com o céu e a Terra e Hades com o domínio das profundezas.

Chávena de Chá

Um professor de filosofia foi ter com um mestre zen, Nan-In, e fez-lhe perguntas sobre Deus, o nirvana, meditação e muitas outras coisas. O Mestre ouviu-o em silencio e depois disse.
- Pareces cansado. Escalaste esta alta montanha, vieste de um lugar longíquo. Deixa-me primeiro servir-te uma chávena de chá.

26 julho 2013

O Fantasma do Letreiro de Hollywood

Peg Entwhistle era uma atriz promissora da Broadway, em meados de 1920. No entanto, quando ela tentou fazer a transição para Hollywood em 1932, ela descobriu que ela era apenas mais um rostinho bonito. Depois de um único papel em um filme, suas perspectivas se acabaram e ela estava fora do trabalho.
Em de 16 setembro de 1932, Entwhistle disse à sua família que estava indo para uma caminhada, e essa seria a última vez que alguém a viu viva. Ela foi para Hollywood Hills , até ao famoso letreiro de Hollywood, onde ela tirou a bolsa, casaco e sapatos, e antes de subir uma escada de manutenção para o topo da H (outros relatos dizem que foi a última letra, "D"). Lá, ela cometeu o ato de suicídio se jogando de cerca de 50 metros até o chão. Seu corpo e pertences, incluindo uma carta de suicídio, foram descobertos dois dias depois.

A carta de suicídio de Peg Entwistle : "Eu tenho medo Eu sou uma covarde. Lamento por tudo. Se eu tivesse feito isso há muito tempo atrás, teria poupado muito sofrimento."

Epidemia de Dança de 1518

Epidemia de Dança de 1518 foi um caso de dançomania ,ocorrido em Estrasburgo, França em julho de 1518. Diversas pessoas dançaram sem descanso por dias a fio e, no período de aproximadamente um mês, a maioria caiu morta em consequência de ataques cardíacos, derrames ou exaustão.O fenômeno começou quando uma mulher, Frau Troffea, começou a dançar incontrolavelmente em uma rua de Estrasburgo. Isto durou em torno de quatro a seis dias. Com uma semana, outras trinta e quatro pessoas haviam-se juntado a ela, e em um mês, havia aproximadamente 400 dançarinos nas ruas. Muitas dessas pessoas finalmente morreram de ataque cardíaco, derrame ou exaustão. 

Frey, o Senhor da Fertilidade


Frey era filho de Nerthus e Njord, era irmão gêmeo de Freyja e marido de Gerda, Ele também era o regente de Alfheim, o reino dos elfos claros responsáveis pelo crescimento e florescimento da vegetação. Era também deus da fertilidade e da abundância e da paz, era conhecido como "O Senhor".

 Em alguns lugares o mito de Frey aparece como uma consorte de Freyja ( Coessoa que compartilha sorte, direitos, titulos, poder de outra) e herda da mãe Nerthus (a Terra Ancestral) os seus atributos e características.

Um dos símbolos de Frey é o navio Skidbladnir, feito pelos anões, aqueles mesmos que fizeram os presentes para Loki dar aos Aesir. Um dos atributos deste navio, era a capacidade de atingir sozinho o destino desejado por seu senhor, outro era o fato de que mesmo sendo um enorme navio, capaz de abrigar todos os Aesir a bordo, ele poderia ser dobrado e diminuído a ponto de caber no bolso de seu senhor.

Maet, Deusa das Justiça e do Equilibrio

É representada por uma jovem mulher exibindo uma pluma na cabeça. É filha de Rá, o deus Sol e esposa de Tot(alguns escritores defendem que o deus-lua Tot era o irmão de Ma'at), o escriba dos deuses com cabeça de íbis. Com a pena da verdade ela pesava as almas de todos que chegassem ao Salão de Julgamento subterrâneo. Colocava a pluma na balança, e no prato oposto o coração do falecido. Se os pratos ficassem em equilíbrio, o morto podia festejar com as divindades e os espíritos dos mortos. Entretanto, se o coração fosse mais pesado, ele era devolvido para Ammit, (que é parte hipopo, parte leão, parte crocodilo) para ser devorado.

Icaro e As Asas de Cera


A História de Ícaro começa com a prisão dele e de seu pai, Dédalo, no labirinto construído pelo próprio Dédalo, a pedido do rei Minos afim de aprisionar o Minotauro. Deu-se que após a deuro, Dédalo, entregou o fio a princesa Ariadne, o mesmo fio que ela havia fornecido a Teseu para que ele conseguisse escapar do labirinto. O rei surpreso pela derrota do Minotauro, passou a ter Dédalo como um traidor e impingiu a Dédalo juntamente com seu filho, o castigo que ele mesmo havia construído e sentenciou os dois ao labirinto de minos. 

O Chapéu de Chuva à Porta

Certa vez um Mestre mandou que chamassem determinado discípulo, que se encontrava recluso em sua cabana, nos arredores de um mosteiro Zen. Este discípulo já estava com este Mestre há anos, treinando sob sua direcção. Como o Mestre tinha muitos discípulos, era difícil de se conseguir uma entrevista particular com ele. O discípulo achou inusitado o fato do Mestre estar chamando-o para uma conversa. Começou a ficar excitado, pensando: "o que será que o Mestre deseja de mim?", "será que ele vai me perguntar alguma coisa sobre o Dharma, para me testar?", "será que ele deseja me atribuir algum cargo ou tarefa?". 
Com a mente repleta de pensamentos, pôs-se o monge a andar. Como estava chovendo, levou seu guarda-chuva.
Ao chegar à casa do Mestre, ele fechou o guarda-chuva, colocou-o a um canto. Pôs suas sandálias molhadas do lado do guarda-chuva. Na frente do Mestre, fez as mesuras que mandam a etiqueta monástica e sentou-se. O Mestre então foi logo perguntando:

25 julho 2013

Não pise nas Sepulturas

Em uma noite um grupo de jovens estavam voltando de uma festa ainda animados. eles bebiam e riam alegremente. Até que um deles, ao perceber que estavam chegando perto do cemitério da cidade, decidiu contar histórias de terror. As meninas do grupo foram as que estavam ficando mais assustadas com suas histórias.

- Estamos quase passando pelo cemitério, vocês sabiam que nunca devemos pisar em um túmulo após o sol se por? Se vocês fizerem isto o morto agarra suas pernas e as puxa para dentro da sepultura.

- Mentira. – disse uma delas. – Isto é só uma superstição antiga.

Bonecas

Um homem e uma mulher estavam casados por mais de 60 anos. Eles tinham compartilhado tudo um com o outro. Eles tinham conversado sobre tudo. Eles não tinham segredo entre eles afora uma caixa de sapato que a mulher guardava em cima de um armário e tinha avisado ao marido que nunca abrisse aquela caixa e nem perguntasse o que havia nela. Assim por todos aqueles anos ele nunca nem pensou sobre o que estaria naquela caixa de sapato.
Mas um dia a velhinha ficou muito doente e o médico falou que ela não sobreviveria. Visto isso o velhinho tirou a caixa de cima do armário e a levou pra perto da cama da mulher.  Ela concordou que era a hora dele saber o que havia naquela caixa. Quando ele abriu a tal caixa, viu 2 bonecas de crochê e um pacote de dinheiro que totalizava 95 mil dólares.

Ele perguntou a ela o que aquilo significava, ela explicou:

Seth, O Deus das Tempestades e Ventos


O deus egípcio Seth, também chamado de Nebty (Nebet → cidade do ouro) pelo o que se sabe é um dos mais remotos deuses egípcios. Filho de Rá e Nut, é considerado o deus das tempestades, dos raios e do vento, por este motivo acabou sendo identificado aos deuses estrangeiros e isso levou as pessoas a prestarem adoração a esses deuses similares, o que levou Seth a se tornar inimigo dos deuses devido os conservadores nativos do Egito. Assim, encarna os conceitos de fúria, violência, crime e crueldade.

Algumas fontes colocam que Seth ao nascer teria rasgado o ventre de Nut com suas garras.

No Egito existiam várias lendas relacionadas aos deuses. Uma das que envolviam Seth é a lenda da morte do deus Osíris (o sol poente, o Nilo, deus da vegetação e dos mortos), este transformou os egípcios em uma civilização de agricultores. Mas Osíris acabou sendo morto por Seth (devido este desejar assumir o seu trono), que lançou o seu corpo ao rio. Ísis (a deusa mágica da vegetação e das sementes) conseguiu encontrar o seu corpo e lhe restabeleceu a vida.

Loki e O Construtor do Muro


Durante muitos anos, os deuses viveram junto com os mortais até que dos deuses teve a ideia de construir Asgard, a sua morada celestial. Porém, percebeu que ao construir Asgard, esqueceu de construir uma muralha para que a protegesse.
Isto foi percebido também por um cavaleiro que ao passar por perto da cidade, e identificar-se como o melhor construtor do mundo, ofereceu seus serviços para erguer o muro. Disse que precisava de 18 meses para fazê-lo e como pagamento queria casar-se com Idun, deusa da juventude que cuidava do pomar onde brotavam as maçãs da juventude, que faziam os deuses permanecerem sempre jovens e saudáveis.

A princípio os deuses foram contra, mas Loki disse que se o homem construísse o muro em 6 meses o trato estava feito, todos os deuses que estavam ali olharam-o indignados e ele disse:
- Não se preocupem, em seis meses ele não terá construído nem a metade do muro, o que o obrigará a nos entregá-lo de graça!

Robin Hood

Robin Hood (conhecido em Portugal como Robim dos Bosques) é um herói mítico inglês, um fora-da-lei que roubava dos ricos para dar aos pobres, aos tempos do Rei Ricardo Coração de Leão. Era hábil no arco e flecha e vivia na floresta de Sherwood. Era ajudado por seus amigos "João Pequeno" e "Frei Tuck", entre outros moradores de Sherwood. Teria vivido no século XIII, gostava de vaguear pela floresta e prezava a liberdade. Ficou imortalizado como "Príncipe dos ladrões". Tenha ou não existido tal como o conhecemos, "Robin Hood" é, para muitos, um dos maiores heróis de Inglaterra.


No entanto o herói não é de fato um ladrão errante que vive em florestas. A história começa quando Robin of Locksley, filho do Barão Locksley é um cruzado e viaja com o Rei Ricardo para catequizar os hereges. Prisioneiro, ele foge e retorna a Inglaterra. No entanto, ao chegar em casa percebe que muitas coisas aconteceram. Aproveitando a ausência do Rei Ricardo, o príncipe John, o segundo herdeiro direto, assume seu trono, aumenta os impostos e mata o pai de Robin, destruindo também seu castelo. Não tendo onde morar, Robin Hood encontra um grupo de homens que moram na floresta e os lidera em uma batalha com o príncipe. Ele quer reaver sua posição nobre e também ajudar aos que se tornaram pobres graças a ganância de John.

A Lenda de Pegasus

O pégaso é um cavalo alado, símbolo da imaginação e imortalidade. Sua lenda surgiu da mitologia grega. Seu nome vem do latim PEGASUS que significa cavalo voador. Acredita-se que o relato da bíblia Apocalipse 19:11 esteja falando da constelação de Pégaso. Na mitologia grega, Pégaso era um cavalo com asas, filho de Poseidon, deus dos oceanos, e de Medusa, uma das terríveis górgonas (monstros com asas de ouro, cabelos de serpentes e dentes de javali).
Diz a lenda que o cavalo saiu do corpo de Medusa quando a monstra foi decapitada pelo herói Perseu.

Confiando na Alegria

No tempo do Buda vivia uma velha mendiga chamada Confiando na Alegria. Ela observava os reis, príncipes e o povo em geral fazendo oferendas ao Buda e a seus discípulos, e não havia nada que quisesse mais do que poder fazer o mesmo. Saiu então pedindo esmolas, mas, no fim do dia não havia conseguido mais do que uma moedinha. Levou a moedinha ao mercado para tentar trocá-la por algum óleo, mas o vendedor lhe disse que aquilo não dava para comprar nada. Mas quando o vendedor soube que ela queria fazer uma oferenda ao Buda, cheio de pena, deu-lhe o óleo. A mendiga foi para o mosteiro e acendeu a lâmpada. Colocou-a diante do Buda e fez o seguinte pedido:

-  Nada tenho a oferecer senão esta pequena lâmpada. Mas, com esta oferenda, possa eu no futuro ser abençoada com a Lâmpada da Sabedoria. Possa eu libertar todos os seres das suas trevas, purificar todos os seus obscurecimentos e levá-los à Iluminação.

24 julho 2013

A Ponte do Diabo de Saint Guilhem-le-Désert

Por causa da beleza, real ou imaginária, de uma mulher às vezes os homens cometem os erros mais incríveis, como sugere uma antiga lenda da região de Aude, na França.

Pelo fim do século XIII, uma linda princesa aragonesa foi convidada por Jean de Bruyères, senhor de Puivert para ficar em seu magnífico castelo.

Ela adorava as colinas da paisagem e, sobretudo, meditar olhando para o lago, sentada numa rocha em forma de cadeira esculpida como por arte de magia.

Mas, uma noite de tempestades fez desbordarem os rios e a cheia do lago cobriu a cadeira.

A Deusa-mãe, Freya.

Freya é a Deusa-Mãe da dinastia de Vanir na mitologia nórdica. Filha de Njord e Skade (Skadi), o deus do mar, e irmã de Frey, ela é a deusa do sexo e da sensualidade, fertilidade, do amor da beleza e da atração, da luxúria, da música e das flores.
É também a deusa da magia e da adivinhação, da riqueza (as suas lágrimas transformavam-se em ouro) e líder das Valquírias (condutoras das almas dos mortos em combate).
De carácter arrebatador, teve vários deuses como amantes e é representada como uma mulher atraente e voluptuosa, de olhos claros,baixa estatura,sardas,trazendo consigo um colar mágico, emblema da deusa da terra.
Diz a lenda que ela estava sempre procurando, no céu e na terra, por Odur, seu marido perdido, enquanto derramava lágrimas que se transformavam em ouro na terra e âmbar no mar.
Na tradição germânica, Freya e dois outros vanirs (deuses de fertilidade) se mudaram para Asgard para viver com os aesirs (deuses de guerra) como símbolo da amizade criada depois de uma guerra. Ela usava o colar de Brisingamen, um tesouro de grande valor e beleza que obteve dormindo com os quatro anões que o fizeram.
Ela compartilhava os mortos de guerra com Odin. Metade dos homens e todas as mulheres mortos em batalha iriam para seu salão Sessrumnir.
O seu nome tem várias representações (Freia, Freja, Froya, etc.) sendo também, por vezes, relacionada ou confundida com a deusa Frigga, mas ela também foi uma grande fiandeira na antiguidade.
Freya também tinha uma suposta paixão pelo deus Loki, o deus do fogo.

Freya (Mitologia germanica) tem o poder do amor e da magia. Utilize a oração a seguir para pedir auxilio no desenvolvimentode poderes mágicos: " Freya! Senhora das Valquirias! Dama da Magia por quem eu chamo agora! Ajude-me a encontrar o caminho encantado. Senhora das lágrimas de âmbar, mostre-me a chave da mais profunda magia."

Sachê Mágico -(para atrair sorte e dinheiro)

Ingredientes:
1 pedaço de tecido amarelo, em forma de quadrado
8 sementes Girassol
8 moedas douradas
Gotas de seu perfume preferido
Pedaço de cordão dourado e algodão

Colocar os ingredientes no tecido, com um punhado de algodão, derramando as gotas do seu perfume preferido, verbalizando seus desejos e objetivos para sua prosperidade de forma específica. Feche seu sachê com um cordão dourado e pendure-o na porta de entrada de sua casa, saudando o Ano Novo, com vibrações positivas!

O Jogral e a Virgem

Muitos peregrinos, vindos dos mais remotos confins da Cristandade, iam à romaria do Santuário de Nossa Senhora de Rocamador. Era gente de toda espécie, desde mendigos ou empestados até fidalgos e grandes dignitários da Igreja.

Freqüentemente misturavam-se àquela turba alguns indivíduos aloucados, galhofeiros ou poetas, que tanto entoavam uma canção, acompanhando-a com qualquer instrumento, como embasbacavam o povo com malabarismos e trabalhos de saltimbancos.

Singlar era um desses. Jovem, espalhafatoso, tagarela, mas de caráter doce, excelente no uso dos instrumentos musicais e dulcíssimo no cantar. Alto poeta, encontrava sempre, no momento exato, a palavra mais viva, mais colorida e musical para dizer as coisas.

Além disso, era devoto fiel da Virgem, e por isso fora a Rocamador. Rezou diante da imagem. Sabia, porém, que jamais poderia, com orações, dizer-lhe os sentimentos que transbordavam de seu coração.

A Bola É Zen

Um dia, enquanto o mestre Gisen jogava à bola, um jovem aproximou-se e perguntou:

 - Por que é que a bola se desloca?

O mestre respondeu prontamente:

23 julho 2013

As tres moças de São Nizier

Em Vercors, nos Alpes franceses, subindo ainda mais alto pelo lado da Torre Sans-Venin, hás três rochedos verticais que parecem estátuas e sobressaem na montanha.

Todos os habitantes de Grenoble conhecem esses três rochedos míticos que surgem altaneiros entre as crestas de Vercors. Os alpinistas vencem muitos desafios quando conseguem escalá-los.

Mas sabeis qual é a origem de seu nome tão curioso? Pois eles são conhecidos como "as três moças de São Nizier". Eis o que aconteceu:

Três moças muito belas e sobre tudo muito vaidosas viviam numa aldeia de Vercors. Os seus costumes coquetes deixavam surpresos os habitantes do local que tinham muitas dificuldades para sobreviver cultivando aquela terra árida no verão e fria no inverno.

Balder, O Deus Justo e Sabio


Balder era filho de Odin e Frigga, irmão do poderoso Thor, casado com Nanna era deus da justiça e da sabedoria, espalhava a boa vontade e a paz em todos os lugares em que passava, o que tornou o deus mais amado de todos.
Balder havia muitos pesadelos, de morte iminente, até sua mãe Frigga ter uma visão de que ele seria morto então ela começou a andar pelo mundo pedindo juramento de todas as coisas para que não matassem Balder, Loki deus das travessuras odiava Balder por ser tão bonzinho então ele se disfarçou de mulher e conversou com Frigga dizendo que um visco não tinha prometido,

O Arcebispo Turpin e a partida de Carlos Magno para o Céu

Eu Turpin, arcebispo de Reims, estando em Viena, após ter celebrado a Missa em minha capela, como estava só para dizer minhas horas, tendo começado o Deus, in adjutorium meum, ouvi passar sob minhas janelas um grande bando que atraiu minha atenção; ele marchava em meio a muito barulho e clamores.

Abri a vidraça para ver o que causava esse tumulto; e, adiantando a cabeça, reconheci que era uma legião de demônios, mas tão numerosos que não era possível contá-la.

Ainda que eles fossem a grandes passos, percebi entre eles um demônio menos alto que os outros, cujo aspecto, contudo, era horrível.

Ele era precedido por um primeiro grupo, e marchava na liderança do segundo, que se entrelaçava após ele, a alguns passos de distância.

Siddhartha Gautama

Conta-se que um certo rei antes de ter um filho, resolveu consultar os oráculos para prever o destino dele. Os oráculos disseram a tal rei que seu filho teria dois destinos em sua vida: ou se tornaria o Imperador do Mundo, ou seria um renunciador do mundo, um mendigo. O rei preocupado perguntou como fazeria para que descartasse a segunda opção, e os oráculos responderam: para que seu filho se torne um Imperador do mundo, não o deixe ter contato com a morte e velhisse, em nenhuma de suas formas, caso contrário ele seguirá o outro destino.

O rei voltou para casa preocupado, construiu 4 palácios em diferentes lugares para que seu filho vivesse uma eterna primavera. E assim viveu Sidarta, a cada estação do ano mudava-se de palácio para palácio, à noite os jardineiros recolhiam e cortavam as flores e folhas mortas mantendo o jardim sempre vivo, e em seu palácio lindas jovens sempre belas, nenhum indício de velhice, e toda o conforto material que o dinheiro podia comprar.

22 julho 2013

Corredores Sombrios (Continuação)

O homem passa bem na frente da porta onde eu estava e contenho um suspiro exaltado. Ele não me vira e continua andando. Espio a mulher sentada no balcão, loura, com um rosto bonito e uma roupa branca com algumas inscrições. Fecho a porta vagarosamente e olho ao meu redor procurando algo, mas nada.

Subo a escada até o segundo andar e abro uma pequena fresta na porta para espiar. Um medo crescente começava a me tomar e de uma coisa tenho certeza: eu corria perigo. Aparentemente, o andar estava vazio. A propósito, tudo ali parecia muito vazio. Eu só havia visto 5 pessoas até agora, uma delas, morta. Abro a porta, determinada a descobrir o que estava acontecendo ali.

Ando por todo o corredor, abrindo algumas portas. Nem tinha me dado conta de que o alarme parara. Todos os malditos quartos estavam vazios. Na última sala, encontro uma mesa de uma recém cirurgia. Sangue em excesso jazia no chão, uma maca, também encharcada e uma pequena mesa onde havia uma bacia branca rasa, com aparelhos pontiagudos bizarros. Chego até ela e pego o que identifico como sendo um bisturi.

Volto até o primeiro andar através das escadas e olho por uma pequena abertura na porta, que esta estava bloqueada por fortes portas de metal. Decidida a sair dali, abro a porta de ímpeto. Olho ao meu redor e nada. Começo a andar então, apontando o bisturi para o vento. Vou até o balcão da recepcionista.

O menino e o padre humilde

Nossa Senhora, com o Menino Jesus nos braços, resolveu descer à Terra e visitar um mosteiro. Origulhosos, todos os padres fizeram uma grande fila, e cada um se apresentava diante da Virgem para prestar a sua homenagem.

Um declamou belos poemas, outro mostrou as suas iluminuras para a Bíblia, um terceiro disse o nome de todos os santos. E assim por diante, monge após monge, cada um homenageou a Nossa Senhora e o Menino Jesus.

No último lugar da fila, havia um padre, os mais humilde do convento, que nunca tinha aprendido os sábios textos da época. Os seus pais eram pessoas simples, que trabalhavam num velho circo das redondezas, e tudo o que lhe tinham ensinado era a atirar bolas para o ar e a fazer alguns malabarismos.

Quando chegou a sua vez, os outros padres quiseram encerrar as homenagens, porque o antigo malabarista não tinha nada de importante para dizer e podia desmoralizar a imagem do convento. Entretanto, no fundo do seu coração, também ele sentia uma imensa necessidade de dar alguma coisa de si a Jesus e à Virgem.

Envergonhado, sentindo o olhar reprovador dos seus irmãos, tirou algumas laranjas do bolso e começou a atirá-las ao ar, fazendo malabarismos, que era a única coisa que sabia fazer.

Foi só nesse instante que o Menino Jesus sorriu, e começou a bater palmas no colo de Nossa Senhora. E foi para esse padre que a Virgem estendeu os braços, deixando que ele segurasse um pouco o menino.

O Conto de Odin


O Deus Nórdico Odin é o principal Deus Viking. Ele também é chamado de Todo-Pai, pois ele é o pai de todos os deuses e, na verdade, possui cerca de 36 nomes diferentes. A principal razão para isso é a sua tendência para se disfarçar em suas viagens entre as pessoas comuns. Vestindo uma máscara, um chapéu longo e um casaco verde era o seu disfarce favorito.Ele é descrito como o rei dos Deuses, e os outros Deuses compõem sua corte para servi-lo, mesmo que eles sejam poderosos .Odin é o mais sábio dos Deuses Vikings e busca o seu conhecimento agora, até mesmo para o seus arqui inimigos, os gigantes. Um monte de seu conhecimento vem da gigante Mimir. De acordo com a história que ele foi lá para pegar uma bebida da fonte de Mimir, a fim de adquirir conhecimento supremo. Mimir não permitiu que ele o fizesse, então ele sacrificou um de seus olhos. A partir de então Odin foi com apenas um olho o outro ainda está na parte inferior da fonte de Mimir. Ele puxa o capuz sobre o olho que falta e que é uma forma de reconhecer quando ele está viajando entre os seres humanos. Do gigantes Odin também tem o hidromel da poesia.Odin é antes de tudo um mago poderoso. Quando Mimir foi morto por Vanir, Odin tem sua cabeça e ele conjurou-o para que ele lhe dissesse muitos segredos. Ele também usou a pedir a cabeça para o conselho em situações de emergência.

O Frei E O Anjo

No princípio e fundação da Ordem, quando havia poucos irmãos e não havia conventos estabelecidos, São Francisco, por devoção, se foi a Santiago de Galícia, e levou consigo alguns irmãos, entre os quais um foi Frei Bernardo.

E seguindo assim juntos pelo caminho, acharam numa terra um pobre enfermo, do qual tendo compaixão, disse a Frei Bernardo: “Filho, quero que fiques aqui servindo a este enfermo”.

E Frei Bernardo, ajoelhando-se humildemente e inclinando a cabeça, recebeu a obediência do santo pai e ficou naquele lugar; e São Francisco com os outros companheiros foi a Santiago.

Ali ficando reunidos e estando de noite em oração na igreja de Santiago, foi por Deus revelado a São Francisco que ele devia fundar muitos conventos pelo mundo.

Porque sua Ordem se devia dilatar e crescer em grande multidão de frades; e por esta revelação começou São Francisco a estabelecer conventos naquela região.

E, voltando São Francisco pelo mesmo caminho, encontrou Frei Bernardo mais o enfermo com o qual o havia deixado, e que estava inteiramente curado.

E no ano seguinte permitiu a Frei Bernardo que fosse a Santiago; e assim São Francisco voltou ao vale de Espoleto; e aí ficaram em lugar deserto ele e Frei Masseo e Frei Elias e alguns outros, os quais tinham muito cuidado em não aborrecer ou perturbar São Francisco em sua oração.

E isto faziam pela grande reverência que tinham e porque sabiam que Deus lhe revelava grandes coisas na oração.

Frei Elias foi um frade cheio de soberba
que acabou abandonando a
Ordem de São Francisco

Sucedeu um dia que, estando São Francisco em oração na floresta, um belo jovem, com trajo de peregrino, chegou à porta do convento e bateu com tanta pressa e tanta força por tanto tempo que os frades ficaram muito maravilhados daquele inusitado modo de bater.

Frei Masseo foi à porta e abriu-a e disse àquele jovem: “De onde vens tu, filho, que parece nunca teres vindo aqui, batendo de modo tão desusado?”

Respondeu o jovem: “E como é que se deve bater?”

Disse Frei Masseo: “Bate três vezes, uma após outra, devagar: depois espera que o irmão tenha rezado um pai-nosso e venha abrir, e se durante esse tempo ele não vier, bate; outra vez”.

Respondeu o jovem: “Tenho grande pressa, e bati com tanta força, porque tenho de fazer uma longa viagem, e vim aqui falar com o irmão Francisco; mas por ele estar agora em contemplação na floresta, não o quero incomodar.

Vai e manda-me Frei Elias, que lhe quero fazer uma pergunta, porque sei que' ele é muito sábio”.

Foi Frei Masseo e disse a Frei Elias que sé dirigisse àquele jovem: e ele se escandalizou e não quis ir; assim Frei Masseo não soube o que fazer nem o que responder àquele jovem; que, se dissesse: “Frei Elias não pode vir”, mentia; se dissesse que ele estava irritado e não queria vir, temia dar-lhe mau exemplo.

E porque no entanto Frei Masseo demorasse em voltar, o jovem bateu outra vez como a princípio; e pouco depois Frei Masseo retornou à porta e disse ao jovem: “Não observaste o que te ensinei ao bateres”.

Respondeu o jovem: “Frei Elias não quis vir a mim: vai e dize a Frei Francisco que vim para falar com ele; mas, por não querer perturbar-lhe a oração, dize-lhe que mande Frei Elias entender-se comigo”.

São Miguel Arcanjo, catedral de Bruxelas.
Fundo: galaxia em espiral NGC1309, NASA

Então Frei Masseo foi ter com São Francisco, que orava na floresta com a face erguida para o céu, e lhe deu conta da embaixada do jovem e a resposta de Frei Elias: e este jovem era um anjo de Deus, em forma humana.

Então São Francisco, sem mudar de lugar nem baixar o rosto, disse a Frei Masseo: “Vai e dize a Frei Elias que por obediência atenda imediatamente ao jovem”.

Ouvindo Frei Elias a ordem de São Francisco, foi à porta muito perturbado e com grande ímpeto e ruído a abriu e disse ao jovem: “Que queres?”

Respondeu o jovem: “Cuidado, irmão, não te irrites, como pareces estar, porque a ira tolhe o espírito e não te deixa discernir o verdadeiro”.

Disse Frei Elias: “Dize o que queres de mim”. Respondeu o jovem: “Eu te pergunto se àqueles que observam o santo Evangelho é lícito comer o que se põe diante deles, conforme o que disse Cristo aos seus discípulos: e te pergunto ainda se é lícito a algum homem obrigar a qualquer coisa contrária à liberdade evangélica”.

Respondeu com soberba Frei Elias: “Sei bem disto, mas não te quero responder; cuida de teus negócios”.

Disse o jovem: “Saberei melhor do que tu responder a esta pergunta”.

Então Frei Elias, furioso, fechou a porta e retirou-se. Depois começou a pensar nesta pergunta, a duvidar de si mesmo e não a sabia responder porque era vigário da Ordem e tinha ordenado e feito uma constituição, contra o Evangelho e contra a ordem de São Francisco, de que nenhum frade da Ordem comesse carne; por isso a dita pergunta era expressamente contra ele.

Pois, não sabendo explicar por si mesmo e considerando a modéstia do jovem e porque este dissera saber responder à pergunta melhor do que ele, volta à porta e abre-a para pedir ao jovem resposta à pergunta: mas se tinha ido, porque a soberba de Frei Elias não era digna de falar com o anjo.

Isto feito; São Francisco, a quem tudo era por Deus revelado, retornou da floresta e com veemência, em alta voz, repreendeu Frei Elias, dizendo:

“Mal fizeste, Frei Elias soberbo, que expulsaste de nós os santos anjos que nos vêm ensinar. Digo-te temer muito que a tua soberba te faça acabar fora da Ordem”.

E isto sucedeu como São Francisco predissera; porque morreu fora da Ordem.

No mesmo dia e à mesma hora em que o anjo partiu, apareceu na mesma forma a Frei Bernardo, o qual voltava de Santiago e estava à beira de um grande rio, e saudou-o em sua língua, dizendo: “Deus te dê a paz, ó bom irmão”.

E maravilhando-se muito Frei Bernardo, e considerando a beleza do jovem e a saudação feita em sua própria língua, com cumprimento pacifico e semblante alegre perguntou-lhe: “Donde vens tu, bom moço?”

Anjo. Comillas, Cantabria, Espanha

Respondeu o anjo: “Venho do convento onde vive São Francisco e fui ali falar com ele; e não pude, porque estava na floresta contemplando as coisas divinas e não o quis incomodar. E naquele convento residem Frei Masseo, Frei Egídio e Frei Elias; e Frei Masseo me ensinou a bater na porta como fazem os irmãos, mas Frei Elias, por não ter querido responder à questão que lhe propus, arrependeu-se depois e quis ouvir-me e falar-me e não pôde”.

Após estas palavras, disse o anjo a Frei Bernardo: “Por que não passas à outra margem?”

Respondeu Frei Bernardo: “Porque temo o perigo pela profundidade da água que vejo”.

Disse o anjo: “Passemos juntos, não tenhas medo”. Tomou-lhe a mão e, num abrir e fechar de olhos, pô-lo na outra riba do rio.

Agora Frei Bernardo conheceu que ele era anjo de Deus, e, com grande reverência e gáudio, disse em voz alta: “Ó anjo bendito de Deus, dize-me como te chamas”.

Respondeu o anjo: “Por que perguntas meu nome, o qual é maravilhoso?”

E dizendo assim o anjo desapareceu e deixou Frei Bernardo muito consolado, de tal modo que toda aquela viagem fez com alegria, e tomou nota do dia e da hora em que o anjo lhe aparecera.

 E, chegando ao convento onde estava São Francisco com os sobreditos companheiros, narra-lhes em ordem todas estas coisas, e conheceram com certeza que aquele mesmo anjo tinha aparecido no mesmo dia e na mesma hora a eles e a ele e deram graças a Deus. Amém. 

A Casa dos Mil Espelhos

Há algum tempo atrás existia, numa distante e pequena vila, um lugar conhecido como A Casa dos Mil Espelhos.

Certo dia, um pequeno e feliz cãozinho soube deste lugar e decidiu visitar.

Quando lá chegou, saltitou feliz escada acima até a entrada da casa. Olhou através da porta de entrada com suas orelhinhas bem levantadas e abanando a sua cauda, tão rapidamente quanto podia.

Para sua grande surpresa, deparou-se com outros mil pequenos e felizes cãezinhos, todos a abanarem as suas caudas, tão rapidamente quanto a dele.

20 julho 2013

Anubis, O Deus do Submundo Egipcio

Anúbis é uma divindade egípcia das mais conhecidas, cuja adoração é muito antiga. Seu culto, sem dúvida, era extenso no antigo Egito. Provavelmente até mais antigo do que o culto a Osíris. O culto a Anúbis era mais centrado na região de Cynopolis, na parte norte do Egito. Foi, antes, o Deus dos Mortos (ou do Submundo) vindo a assumir, depois, a guarda dos portais do além e dos túmulos, sendo o guia das almas no além-vida.


Sua representação é basicamente conhecida como a cabeça de um chacal em um corpo humano. Este animal foi identificado com Anúbis devido ao fato dos chacais caçarem nos desertos, perto das necrópoles e cemitérios através do Egito.

Sua filiação pode se perder e ser confusa nas numerosas versões da mitologia egípcia. Anúbis aparece como filho de Nephthys e Rá, Nephthys e Seth ou Nephthys e Osíris. Em versões mais remotas, ele tem a Deusa Heset como mãe e, em outras ainda, sendo filho de Bastet.

O Labirinto e o Minotauro


Havia um labirinto na antiga Grécia, na ilha de Creta. Esse labirinto foi criado com o intuito de abchamada Minotauro: uma criatura que tem corpo de homem, cabeça de touro e dentes de leão, os quais usa para devorar todos que se aproximam.

Conta-se que o rei de Atenas, Egeu, fez um acordo com o rei Minos para que não invadissem sua amada cidade; de sete em sete anos o rei Egeu deveria enviar à ilha de Creta sete rapazes e sete moças para que a cidade de Atenas permanecesse intacta, pois a frota marítima de Minos era numerosa e terrível.

Mas aconteceu que Teseu, filho do rei, se apresentou para embarcar junto às 14 pessoas oferecidas em sacrifício, porém, com o intuito de matar o Minotauro. O rei Egeu insistiu para que seu filho não embarcasse em tão desesperada missão, mas Teseu estava irredutível; por fim, seu pai concordou com seus planos; Teseu faz a viagem até a ilha de Creta, e consegue convencer o rei Minos a aceitar o acordo de libertar Atenas dessa obrigação caso ele conseguisse matar o Minotauro.

A Lenda de Rá


A mitologia egípcia é composta por mistérios e segredos. Cada divindade contém seus significados e são relacionados a fenômenos da natureza. Dentro dessa mitologia, tem-se a ciência de Rá que é considerado a principal divindade da mitologia egípcia, conhecido como o deus sol, devido a importância da luz para a produção dos alimentos. Segundo a mitologia, Rá além de ser considerado o deus Sol, é também denominado como o criador dos deuses e da ordem divina, teria recebido de seu pai o domínio sobre a Terra, mas o mundo falta ser acabado, e o mesmo assim, se encarregou de acabá-lo.

Sua crença assemelha-se a criação do mundo para os cristãos, no entanto, contém algumas diferenças. Descreve-se que Rá se esforçou tanto terminar o trabalho da criação que chorou, e de suas lágrimas que foram banhando o solo fez surgir o homem e a mulher, sendo assim, tudo o que crescia sobre os campos lhes foi dado para que se alimentassem, Rá não deixava faltar-lhes o vento fresco, nem o calor do sol, as enchentes ou vazantes do Nilo. Com isso, surge a denominação de que os egípcios eram “o rebanho de Rá”.

Os 12 Trabalhos de Hercules

Filho de Júpiter e Alcmena, Hércules, que era um semideus, sofreu desde o seu nascimento as perseguições de Juno, esposa de Júpiter, por causa dos ciúmes que este provocava com seus romances com mulheres mortais. Em uma ocasião, ela enviou duas serpentes para matá-lo, quando ainda estava no berço, mas Hércules as matou com as próprias mãos.

Como não conseguiu matá-lo, Juno fez com que Hércules ficasse sob as ordens de Euristeus e obrigado a obedecê-lo em tudo. Euristeus fez com que ele executasse façanhas perigosas e que ficaram conhecidas como “Os Doze Trabalhos de Hércules”. Tais trabalhos não poderiam ser executados por pessoas comuns, meros mortais. Eles eram os seguintes:

Harald Hardrada, o ultimo Viking


Harald nasceu em uma casa de Reis e seu pai era Olaf II Haraldsson da Noruega. E coava a tradição de casa Real, desde cedo ele aprendeu a manejar armas, tendo pego o gosto pelo machado, o qual usava com destreza. Em poucos anos era um guerreiro temido e admirado por seus súditos.

No ano de 1030, com apenas 15 anos, Harald foi para o capo de batalha, onde quase sucumbiu, mas por suas habilidades conseguiu escapar, junto com outros poucos homens sobreviventes. Eles partiram em exílio para as terras de Yaroslav I, o Sábio, que os acolheu, colocando esses valiosos homens em suas linhas de frente, em pouco tempo Harald foi nomeado chefe da defesa e ajudou o Rei a qual servia a manter a segurança contra os inimigos.

Atlântida

Os gregos tinham muitas lendas do passado distante: de Foroneus, o primeiro homem, de Deucalião e Pirra, que sobreviveram a uma inundação enviada por Zeus para livrar o mundo dos homens maus. Mas quando Sólon, o estadista grego, relatou essas lendas aos sacerdotes do antigo Egito, eles riram. "Vocês, gregos, nada sabem de sua prórpia história. Vocês falam de uma inundação, mas houve várias. Foi numa dessas inundações que seus ancestrais morreram."E os sacerdotes contaram a Sólon a história da Ilha de Atlântida de onde, nove mil anos antes, a mais nobre raça de homens que já viveu governava a maior parte do mundo conhecido.

19 julho 2013

Corredores Sombrios (Parte 1)

Branco.

Tudo é branco.

Teto branco, paredes brancas, tecidos brancos, cama branca, pessoas brancas.
– Como você se sente? – Pergunta um médico de cabelos negros, um rosto claro e feições simpáticas que esboçavam um sorriso.
Ele se aproxima de mim, põe a mão em minha testa e checa meu pulso.
Tento lembrar-me do que me trouxe até aqui, mas pedaços de minha memória sumiram. Eu me lembrava de estar andando por uma rua à noite, depois disso, vazio.

- O que estou fazendo aqui? – Pergunto, desesperando-me, tentando me sentar e uma dor aguda toma minha barriga.
– Ei, ei, acalme-se, você... Levou um tiro. – Disse o médico bonitão, estendendo as mãos.

- Um tiro? – Pergunto.
– Sim, acertou sua barriga, mas não pegou nenhum órgão vital. Você é forte, vai se recuperar em pouco tempo.
– E quem foi? – Pergunto. – Ainda não sabemos nem quem, nem porque, mas suspeitamos de tentativa de latrocínio, já que você chegou aqui somente com a roupa do corpo e uma bolsa totalmente vazia.

Loki, o trapaceiro

Os deuses nórdicos estavam com problemas no alto reino de Asgard. A casa onde moravam não tinha muros para protegê-la dos inimigos. Assim, quando um cavaleiro passou e ofereceu para construir um muro, eles escutaram com atenção.
"Será um grande muro", ele disse, "uma barreira para todos os inimigos. De hoje a dezoito meses, todas as suas preocupações se acabarão".
"E qual é seu preço?", perguntou Odin, o sábio.
"Nada menos que a deusa Freyja como esposa", respondeu o estrangeiro. "E o sol e a lua também".
Os deuses ficaram furiosos e quiseram expulsar de Asgard o homem que tinha ousado pensar que a bela Freyja poderia ser negociada Mas o esperto Loki disse: "Se você puder construir o muro em seis meses, o negócio está fechado!. Aos outros deuses, sussurrou: "Em seis meses, ele só construirá meio muro, mas pelo menos essa parte será de graça." O homem olhou Freyja mais uma vez, enquanto ela chorava lágrimas de ouro, e concordou, se seu cavalo pudesse ajudá-lo.

As façanhas de Beuvon

Os sarracenos ocupavam, em outros tempos, grande parte da Provença. A impiedade deles chegou a tal ponto, que Deus decidiu extirpá-los dali para sempre.

Escolheu como instrumento de sua santíssima vontade um herói chamado Beuvon. Educado no temor de Deus e no ódio aos infiéis, era um cavaleiro puro e piedoso, e seu coração estava cheio de valor.

Num dia de verão, cansado pelo calor, adormeceu à sombra de uma árvore. No sono, teve uma maravilhosa visão. Apareceu-lhe São Pedro, e lhe disse:

— Levanta-te, sem demora nem vacilação, e marcha contra os sarracenos, que por sua impiedade excitaram a ira de Deus. Tu os expulsarás de Peyrempi. Uma vez tomada essa fortaleza, não te será difícil persegui-los, até fazê-los desaparecer do país.

Beuvon se levantou e tomou o caminho de Peyrempi. Durante sua marcha encontrou muitos soldados, que tentou convencer a segui-los em sua cruzada, mas quase todos julgavam que era uma loucura marchar contra a cidade sarracena mais fortificada. Só conseguiu três soldados para acompanhá-lo, ante o assombro dos demais. Assim prosseguiram, até chegar perto da cidade.

Quando os sarracenos viram chegar os quatro cavaleiros, pensaram que eram loucos, e sem preparar-se para a defesa, começaram a zombar. Beuvon e seus companheiros se ajoelharam e rezaram com fervor.

Invocaram a Santíssima Virgem, e imediatamente veio o auxílio prometido por São Pedro. À medida que as palavras das orações evolavam de seus lábios de cavaleiros, caíam flechas do céu sobre os sarracenos. Foram tantos os mortos e feridos, que os sarracenos aterrorizados correram a se proteger dentro dos muros da fortaleza.

Beuvon e seus companheiros levantaram-se e marcharam até a fortaleza. Mas a ponte levadiça já tinha sido levantada, e um profundo fosso que rodeava as muralhas impedia os cavaleiros de chegar até os inimigos.

Beuvon aproximou-se do fosso, e de joelhos começou a rezar. No mesmo instante apareceu de maneira sobrenatural uma ponte, pela qual entraram os quatro guerreiros na fortaleza inimiga. Em pouco tempo o entusiasmo de Beuvon e de seus companheiros exterminou os infiéis. Mas Beuvon, cheio de coragem e piedade, perdoou os inimigos que queriam ser batizados na Fé Católica.

O tesouro em Casa

Um dia, um jovem chamado Yang Fu deixou sua família e lar para ir a Sze-Chuan visitar o Bodhisattva Wu-Ji. Ele sonhou que junto àquele mestre poderia encontrar um grande tesouro de sabedoria. Quando já se encontrava às portas da cidade, após uma longa viajem cheia de aventuras, encontrou um velho senhor. Este lhe perguntou:
"Onde vais, jovem?"
"Vou estudar com Wu-Ji, o Bodhisattva." - respondeu o rapaz.

18 julho 2013

O Monasterio

O ano era de 1432, já era noite quando o sino do portão do monastério tocou. Frei Romeu correu para ver quem era segurando somente uma tocha na mão. Ele era o responsável pelo portão e segurança do monastério, pois havia muitos ladrões nas vilas vizinhas roubando o pouco que eles produziam.

“Quem é você?” – perguntou Romeu.

“Meu nome é Joel, estou viajando e preciso de um abrigo. Tem uma tempestade vindo do norte posso me ferir se eu ficar exposto.”

Frei Romeu olhou para o céu e viu nuvens carregadas se aproximando do monastério. Abriu o portão e deixou o homem entrar. Era obrigação da igreja dar abrigo para as pessoas que necessitavam.

O Roubo do Hidromel (Final)


Odin partiu à toda pressa, mas quando percebeu que Suttung vinha atrás dele transformado em uma águia sedenta de sangue - como ele descobrira o seu plano, jamais ficaria sabendo -, transformou-se também em outra velocíssima águia.
Principiou-se, então, uma perseguição alucinante pelos ares gelados da cordilheira que se estendeu por milhares de quilômetros até que, finalmente, viu brilhar ao longe as torres douradas de seu amado palácio Gladsheim, em Asgard.
Odin deu um grande grito de alerta, o que fez com que todos os habitantes da morada dos deuses corressem, logo, a espalhar pipas enormes e jarros de todos os feitios pelas ruas. Então, Odin-águia

Frei Pacômio – O monge que voltou 400 anos depois

Em princípios do século décimo, vivia num convento de beneditinos um santo religioso, chamado frei Pacômio, que não podia compreender como os bem-aventurados não se cansam de contemplar por toda a eternidade as mesmas belezas e gozar dos mesmos gozos.

Um dia mandou-o o Prior a um bosque vizinho, para recolher alguma lenha. Foi com gosto, mas mesmo no trabalho não o largavam as dúvidas.

De repente ouviu a voz de uma avezinha que cantava maravilhosamente entre os ramos. Ergueu-se e viu um animalzinho tão encantador, como jamais vira em sua vida. Saltava de um ramo para outro, cantando, brincando e internando-se na selva.

Seguiu-o frei Pacômio, todo enlevado, sem dar-se conta do tempo nem do lugar.

A certa altura a avezinha atirou aos ares o último e mais doce gorjeio e desapareceu. Lembrando-se então de seu trabalho, frei Pacômio procurou o machado para voltar ao convento. Mas — coisa estranha! — achou-o enferrujado. Quis pegar o feixe de lenha que ajuntara, mas não o encontrou.

— Alguém mo terá roubado? — pensou.

Pôs-se a andar, mas não encontrava o caminho. Chegou, afinal, à beira do bosque, mas não encontrou o mato que tão bem conhecia. Ali estava agora um campo de trigo, em que trabalhavam homens desconhecidos. Perguntou a um deles o caminho do mosteiro, pois de certo se havia extraviado. Todos olharam para ele com surpresa, e em seguida indicaram-lhe o mosteiro.

Chegou afinal ao mosteiro. Mas — grande Deus! — como estava mudado! Em lugar da casa modesta de sempre, viu um edifício magnífico ao lado de uma grandiosa capela. Intrigado, bateu à porta; um irmão desconhecido veio abrir.

— Sois novo aqui — disse-lhe Pacômio. — Eu venho do bosque aonde me mandou esta manhã o Prior D. Anselmo, para buscar lenha.

Admirado, o porteiro deixou ali o hóspede e foi avisar o Prior que estava na portaria um monge com hábito velho, barba e cabelos brancos como a neve, perguntando pelo Prior Anselmo.

O caso era curioso. O Prior, abrindo os registros do convento, descobriu o nome do Prior Anselmo, que ali vivera quatrocentos anos antes.

Continuou a ler, e achou nos anais daquele tempo o seguinte:

— Esta manhã frei Pacômio foi mandado buscar lenha no bosque e desapareceu.

Chamaram o hóspede e fizeram-no entrar e contar a sua história.

Frei Pacômio narrou o caso de suas dúvidas sobre a felicidade do paraíso, e o Prior começou a compreender o mistério.

Deus quis mostrar ao pio religioso que, se o canto de uma avezinha era capaz de encantar-lhe a alma por séculos inteiros, quanto mais a formosura de Deus há de embevecer os bem-aventurados por toda a eternidade, sem que eles jamais se cansem.

O Ladrão que virou Discipulo

Uma noite quando Shichiri Kojun estava recitando sutras um ladrão com uma espada entrou em seu zendo, exigindo seu dinheiro ou a sua vida. Shichiri disse-lhe:

- Não me perturbe. Você pode encontrar o dinheiro naquela gaveta.

E retomou sua recitação. Um pouco depois ele parou de novo e disse ao ladrão:

- Não pegue tudo. Eu preciso de alguma soma para pagar os impostos amanhã.

O intruso pegou a maior parte do dinheiro e principiou a sair.

- Agradeça à pessoa quando você recebe um presente – Shichiri acrescentou. O homem lhe agradeceu, meio confuso, e fugiu.

Poucos dias depois o indivíduo foi preso e confessou, entre outras coisas, a ofensa contra Shichiri. Quando Shichiri foi chamado como testemunha, disse:

- Este homem não é ladrão, ao menos tanto quanto me diz respeito. Eu lhe dei o dinheiro e ele inclusive me agradeceu por isso.

Após o homem ter cumprido sua pena, foi a Shichiri e tornou-se um de seus discípulos.

17 julho 2013

A babá e o palhaço

Susy chegou pontualmente às nove da noite na casa onde iria cuidar de duas crianças de três e cinco anos enquanto seus pais iriam a um jantar de negócios em uma cidade vizinha.

Depois de dar as explicações para o casal saiu da casa deixando Susy com as crianças que já haviam ido deitar-se, o que evitou que ela conhecesse as crianças ou seu quarto.

Algum tempo depois ela escutou choro de crianças no andar de cima onde ficavam os quartos e foi lá ver o que era. Chegando lá encontrou as duas meninas chorando muito.

“O que foi?” – perguntou Susy.

“Eu não gosto de palhaços.” - disse uma delas estendendo a mão para um canto do quarto.

Susy levou um susto ao ver um boneco de palhaço do tamanho de uma pessoa adulta. Segundos após recuperar do susto ela também ficou com medo, pois aquele boneco era muito assustador. Pensou por que os pais deixariam um boneco tão feio no quarto das meninas. Ela sentou e cantou canções para as duas até elas voltarem a dormir. Depois disso voltou para o primeiro andar da casa e foi assistir televisão.

Um estouro acompanhado do choro das meninas minutos depois alertou novamente a babá. Ela correu para o quarto onde as meninas encontravam-se chorando da mesma maneira de ante.

“Vocês tem que voltar a dormir. Ainda estão com medo do palhaço?

“Ele estourou um balão pra nos assustar.”

Susy olhou para o chão e viu o balão estourado, uma agulhada no estomago a deixou preocupada. Ela olhou para o palhaço uma vez mais e pensou que ele estava em outra posição da primeira vez que ela o viu. Ela também ficou com medo e disse para as meninas que iria pedir para os pais virem embora. Desceu as escadas e pegou o telefone que estava na parede, mas estava sem linha. Foi até sua bolsa, pegou o celular e digitou o numero deixado pelos pais das crianças, a mulher atendeu.

“Oi aqui é a Susy, eu estou ligando porque as meninas estão com muito medo. Eu queria saber se eu posso tirar ou cobrir aquele boneco de palhaço gigante lá no quarto delas.”<

“O que? Nós não temos nenhum boneco de palhaço em casa.”

Somente ai Susy deu-se conta que não mais ouvia o choro das crianças e saiu em disparada para a escada. O suor frio descia pela sua testa, seu coração disparado e a boca seca deixam clara a sensação de pavor que ela sentia naquele momento. Cada degrau da escada parecia ter quilômetros, pois ela queria ver as crianças e saber se estava tudo bem.

A única coisa que a mãe da criança escutou foi um grito e o telefone caindo no chão. O casal voltou para casa imediatamente e quando chegaram encontraram as duas crianças e a babá mortas. Todas tinham seus rostos pintados de palhaço e um balão de hélio amarrado no braço.
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