Na estranha ilha da Islândia, cuspida para a superfície pelo fogo das profundezas do mar, vivia um rapaz que cultuava o deus Odin, e que aprendeu isso depois de ler dois livros absurdos chamado “Os Eddas”.
Ele queria lutar e morrer em um campo de batalha, de modo que sua alma
pudesse atravessar a ponte do arco-íris, e habitar nos belíssimos salões
de Valhalla. Pois era assim que os heróis eram escolhidos, segundo o
livro dos Eddas dizem que são os heróis escolhidos, e eles passam o dia
inteiro lutando lá no paraíso e de noite, festejam até o raiar do dia.
Assim, ao invés de uma Bíblia, o jovem Thules ficava estudando esses
contos de fadas, como um incentivo ao seu treinamento pagão, e até que
ele tinha alguns traços nobres, que um bom rapaz cristão poderia imitar.
Ele morava com a mãe viúva na beira de uma floresta. A neve
empilhada-se aos montes, e o vento uivava entre as árvores, e se arrastava-se pelas janelas, pois a casa era muito velha, e poderia muito
bem ser confundida com uma pilha de madeira velha. Mas Thule era muito
feliz como se a cabana fosse um palácio. Ele amava a beleza invernal do
rosto de sua mãe, e o seu cebelo prateado quase todo escondido pelo seu
capuz preto. Todo a fogueira que eles faziam era feita de galhos secos
que eles recolhiam na floresta, e mais da mais de metade do dinheiro que
eles ganhavam era com o esforço de sua próprias mãos.
Nos meses gelados do ano, quando o tempo estava mais afiado do que um dente de serpente, Thule chegava de um duro dia de trabalho, e, quanto mais frio ficava, mais ele mantinha seu coração valente. Olhando para o horizonte à sua frente, ele viu o brilho frio que chamamos de aurora boreal, mas que ele sabia ser o elmos, escudos e lanças cintilando.
“As donzelas guerreiras saíram
esta noite”, pensou o rapaz: “eles estão indo para campos de batalha
para decidir quem é digno de ser morto. Como gosto de ver o céu
iluminando-se com o brilho de suas armaduras! Odin, permita que um dia
eu possa ser um herói, e possa caminhar sobre a ponte do arco-íris! “
Depois Thule voltou para o seu caminho novamente, mas, assim que ele
adentrou na floresta onde as sombras se tornam perigosamente profundas,
ele ouviu um gemido, que soou como uma voz humana, ou poderia ter sido
uma rajada de vento repentina em uma árvore oca.
“Possivelmente é alguma pobre criatura com mais frio do que eu”, pensou o rapaz: “Tomara que não seja um troll!”
Correndo para o local de onde vinha o som, ele encontrou um anão
feio e de nariz comprido no chão, quase morrendo de frio. Estava
ficando tarde, e o próprio garoto estava ficando com o corpo
entorpecido, mas ele foi rápido, esfregando as mãos e pés do
desconhecido, até mesmo tirando sua jaqueta azul para envolvê-lo no
pescoço do anão.
O anão estava morrendo de frio e Thule o ajudou. Grato ele presenteou o rapaz com um amieiro. Mal sabia Thule que ele ia passar por muitas aventurar ainda...
Pobre boa alma, você não morrerá de frio”, depois ele alegremente disse, ajudando-o a levantar-se: “Iremos para a casa da minha mãe e vamos comer um belo mingau de aveia, bolos e arenques, e nosso fogo de ramos secos irá lhe fazer bem, “
O nobre rapaz sabia que mal havia ceia sufficiente para dois, mas não
se importava de ir para a cama com fome para ser caridoso. No fundo de
seu coração, ele ouviu as palavras de sua mãe:
“Nunca se preocupe com a fome, meu filho, mas compartilhe de boa vontade o seu último pão com os necessitados.”
Eles caminharam pela floresta, o velho homem apoiado fortemente no ombro do jovem.
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