Assim que eu cheguei em casa tínhamos a noticia, não era preciso nenhuma
palavra ser dita ou nenhum sinal ser feito, todos sabíamos do resultado
da ida de Paula ao médico. Ela estava lá, sentada na sua cadeira como
de costume, olhando pro céu e pensando na vida, aos prantos, tentando
evitar todo o resto do mundo. Minha família inteira estava na sala,
ainda com o papel do resultado na mão, sem saber o que dizer para
alegrar Paula, e sabendo que não tinha nada a se fazer.
Eu me lembrei de quando éramos crianças e brincávamos de casinha, coisas de crianças, mas era o que mais alegrava ela, ela com suas bonecas, dizendo o nome dos seus filhos o futuro de cada um e o tanto que ela os amava. Era o sonho dela, desde sempre, ter 2 filhos, 2 meninos, Paula via filmes, musicas, lia livros, tudo relacionados a maternidade, e então de repente ao fazer 18 anos ela recebe a noticia que nunca via poder ter filhos, eu não queria imaginar o que se passava na mente dela.
Depois dessa noticia a nossa vida mudou de ponta a cabeça, Paula largou sua faculdade de pedagogia, minha mãe começou a freqüentar um grupo de mulheres a noite todos os dias, talvez para ocupar o tempo, talvez para tentar esquecer que seu sonho de ser avó também já era, sim, eu também não posso ter filhos. E eu, fui o menos afetado, continuei minha faculdade e meu trabalho no supermercado, apenas com uma tristeza alheia compartilhada, sempre que eu chegava em casa e olhava para minha mãe e para minha irmã eu sentia a dor delas, lá no fundo eu conseguia sentir e era a pior dor possível, a dor do fracasso, a dor da incapacidade, a dor de não poder fazer NADA para mudar seu destino, a dor de ver ser sonho indo embora e você não poder fazer absolutamente nada, não se pode lutar contra a natureza, era o que eu pensava, infelizmente minha mãe e irmã pensavam diferente, e é ai que nossa história começa.
Um dia eu estava chegando do trabalho, esperando encontrar minha irmã e mãe com a mesma cara, a mesma dor de sempre, já me preparando para mostrar força, era minha única opção, sempre foi, me mostrar forte. Mas algo estava diferente, tudo estava diferente, minha mãe e minha irmã estavam de preto e haviam mais 5 mulheres com elas, todas estavam sentadas conversando informalmente ao redor de uma mesa, dizendo coisas que eu não ligava, termos de um acordo que eu não entendia, então não me importei e fui pro meu quarto, depois de um dia exausto. Mas não conseguia parar de pensar naquela cena, e possibilidades vieram a minha mente, perguntas vieram a minha mente. Quem eram aquelas mulheres? Por que o clima de tristeza e depressão não estavam mais dentro da minha irmã e da minha mãe? Por que todas de preto? Eu realmente não tinha a mínima noção do que estava acontecendo, então fui para a sala de novo.
Ao chegar lá eu vi minha irmã só de calcinha deitada na mesa e as 5 mulheres e minha mãe estavam em um circulo, com livros estranhos cantando uma musica estranha, foi ai que eu percebi que aquilo não era normal. Fui correndo gritar com minha mãe e perguntar o que estava acontecendo, mas minha voz não saia, e então ao me aproximar demais uma das mulheres me deu um olhar paralisante e eu cai no chão sem voz e sem sentidos, sem explicação, o que era isso? Apesar de tudo eu conseguia ver tudo naquela sala, e então minha irmã colocou a mão na barriga e começou a gritar, gemer, se contorcer, eu não sabia o que estava acontecendo, mas não podia ficar ali caído e deixar essas mulheres fazerem isso com minha irmã. Eu tentava gritar, levantar, e nada, aquela mulher continuava me petrificando com seu olhar, e eu sentia a dor da minha irmã novamente, nós éramos gêmeos, sempre fomos muito ligados um ao outro e só de ver suas expressões faciais conseguia saber exatamente o que ela sentida, e seu sentimento era de dor, pura dor. Eu tentava me levantar, fazer algo, mas nada, nada podia ser feito.
Então eu desmaiei, minhas forças acabaram e eu acordei no meu quarto como se tudo não passasse de um sonho. Levantei assustado e fui em direção ao quarto da minha mãe, da minha irmã, da sala, e nada, ninguém estava lá, nem minha família nem as assustadoras mulheres de preto, então de repente eu vejo minha mãe e minha irmã entrando em casa cheia de sacolas, rindo felizes, como se nada tivesse acontecido.
No mesmo instante eu corri em direção a minha irmã e dei um forte abraço nela, e em seguida comecei a gritar com minha mãe, pedindo explicações. Foi então que ela abriu o jogo:
-Filho, as reuniões que eu ia a noite não era um simples encontro de mulheres, aquilo é uma sociedade secreta que existe a muitos e muitos anos, onde mulheres se encontram para praticar bruxaria. Eu sei que você não vai concordar com o isso, mas foi tudo para o bem da nossa família, do nosso nome, nosso nome não pode morrer aqui, então fizemos um acordo. Elas colocariam dois meninos na barriga de Paula e quando eles nascessem um seria enviado para as mulheres, e outro ficaria com agente.
Eu me lembrei de quando éramos crianças e brincávamos de casinha, coisas de crianças, mas era o que mais alegrava ela, ela com suas bonecas, dizendo o nome dos seus filhos o futuro de cada um e o tanto que ela os amava. Era o sonho dela, desde sempre, ter 2 filhos, 2 meninos, Paula via filmes, musicas, lia livros, tudo relacionados a maternidade, e então de repente ao fazer 18 anos ela recebe a noticia que nunca via poder ter filhos, eu não queria imaginar o que se passava na mente dela.
Depois dessa noticia a nossa vida mudou de ponta a cabeça, Paula largou sua faculdade de pedagogia, minha mãe começou a freqüentar um grupo de mulheres a noite todos os dias, talvez para ocupar o tempo, talvez para tentar esquecer que seu sonho de ser avó também já era, sim, eu também não posso ter filhos. E eu, fui o menos afetado, continuei minha faculdade e meu trabalho no supermercado, apenas com uma tristeza alheia compartilhada, sempre que eu chegava em casa e olhava para minha mãe e para minha irmã eu sentia a dor delas, lá no fundo eu conseguia sentir e era a pior dor possível, a dor do fracasso, a dor da incapacidade, a dor de não poder fazer NADA para mudar seu destino, a dor de ver ser sonho indo embora e você não poder fazer absolutamente nada, não se pode lutar contra a natureza, era o que eu pensava, infelizmente minha mãe e irmã pensavam diferente, e é ai que nossa história começa.
Um dia eu estava chegando do trabalho, esperando encontrar minha irmã e mãe com a mesma cara, a mesma dor de sempre, já me preparando para mostrar força, era minha única opção, sempre foi, me mostrar forte. Mas algo estava diferente, tudo estava diferente, minha mãe e minha irmã estavam de preto e haviam mais 5 mulheres com elas, todas estavam sentadas conversando informalmente ao redor de uma mesa, dizendo coisas que eu não ligava, termos de um acordo que eu não entendia, então não me importei e fui pro meu quarto, depois de um dia exausto. Mas não conseguia parar de pensar naquela cena, e possibilidades vieram a minha mente, perguntas vieram a minha mente. Quem eram aquelas mulheres? Por que o clima de tristeza e depressão não estavam mais dentro da minha irmã e da minha mãe? Por que todas de preto? Eu realmente não tinha a mínima noção do que estava acontecendo, então fui para a sala de novo.
Ao chegar lá eu vi minha irmã só de calcinha deitada na mesa e as 5 mulheres e minha mãe estavam em um circulo, com livros estranhos cantando uma musica estranha, foi ai que eu percebi que aquilo não era normal. Fui correndo gritar com minha mãe e perguntar o que estava acontecendo, mas minha voz não saia, e então ao me aproximar demais uma das mulheres me deu um olhar paralisante e eu cai no chão sem voz e sem sentidos, sem explicação, o que era isso? Apesar de tudo eu conseguia ver tudo naquela sala, e então minha irmã colocou a mão na barriga e começou a gritar, gemer, se contorcer, eu não sabia o que estava acontecendo, mas não podia ficar ali caído e deixar essas mulheres fazerem isso com minha irmã. Eu tentava gritar, levantar, e nada, aquela mulher continuava me petrificando com seu olhar, e eu sentia a dor da minha irmã novamente, nós éramos gêmeos, sempre fomos muito ligados um ao outro e só de ver suas expressões faciais conseguia saber exatamente o que ela sentida, e seu sentimento era de dor, pura dor. Eu tentava me levantar, fazer algo, mas nada, nada podia ser feito.
Então eu desmaiei, minhas forças acabaram e eu acordei no meu quarto como se tudo não passasse de um sonho. Levantei assustado e fui em direção ao quarto da minha mãe, da minha irmã, da sala, e nada, ninguém estava lá, nem minha família nem as assustadoras mulheres de preto, então de repente eu vejo minha mãe e minha irmã entrando em casa cheia de sacolas, rindo felizes, como se nada tivesse acontecido.
No mesmo instante eu corri em direção a minha irmã e dei um forte abraço nela, e em seguida comecei a gritar com minha mãe, pedindo explicações. Foi então que ela abriu o jogo:
-Filho, as reuniões que eu ia a noite não era um simples encontro de mulheres, aquilo é uma sociedade secreta que existe a muitos e muitos anos, onde mulheres se encontram para praticar bruxaria. Eu sei que você não vai concordar com o isso, mas foi tudo para o bem da nossa família, do nosso nome, nosso nome não pode morrer aqui, então fizemos um acordo. Elas colocariam dois meninos na barriga de Paula e quando eles nascessem um seria enviado para as mulheres, e outro ficaria com agente.
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