Em 1155, um clérigo anglo-normando conhecido como Wace traduziu a narrativa de Godofredo para o francês,
fazendo dela um romance no qual Arthur lidera a sua corte no papel de
herói da cavalaria. Pelo final do século, o monge anglo-saxão Layamon
transformou o Arthur de Godofredo num guerreiro feroz e numa figura de
pai ríspido. Estes dois escritores mencionam a Távola Redonda, mas foi
provavelmente o poeta francês Chrétien de Troyes quem, entre 1160 e
1180, fez de Arthur um paradigma da galantaria e um modelo do
cavalheirismo e do amor cortês.
No princípio do século seguinte, apareceram duas narrativas épicas
germânicas baseadas na lenda de Arthur: o Parcifal, de Wolfram Von
Eschenbach, e o Tristão, de Gottfried Von Strassburg.
Foi uma obra póstuma do século XV, de Sir Thomas Malory, o responsável pela transformação final de Arthur numa figura literária duradoura. Malory condensou, adaptou e reorganizou as versões anteriores numa narrativa mais ou menos coerente em que introduziu todas as principais figuras e acontecimentos determinantes associados à história da Arthur.
Desde a sua publicação em 1485, "La Mort d'Arthur", de Malory, tem sido
muito lido e servido de fonte para outras obras de poetas como Edmund
Spenser em "The Faerie Queene" (1590-96) ou Alfred, Lord Tennyson, em
"Idylls of the King" (1859-85). Uma versão do século XX, Onde, "The Once
and Future King, de T. H. White", serviu de base à peça musical
Camelot, produzida no teatro e no cinema. Assim como à mais recente
trilogia "As Crônicas de Artur", do escritor inglês Bernard Cornwell.
"Podemos seguramente deduzir da história que, um homem chamado Artur
viveu provavelmente nos séculos V e VI, era um grande guerreiro, mesmo
que nunca tenha sido rei, e que as suas maiores batalhas foram travadas
contra os invasores saxões. Esse homem é o meu Artur, um grande senhor
da guerra e um herói que lutou contra probabilidades impossíveis com tal
resultado que, mesmo passados mil e quinhentos anos, os seus inimigos
ainda amam e veneram a sua memória." Palavras de Bernard Cornwell em As
Crônicas de Artur - O Rei do Inverno.
Se o "Annales de Cambriae", ou a Mirabilia, como apoio ao argumento,
dissessem que o túmulo de Arthur ficava em Glastonbury, e nenhum túmulo
real fosse descoberto ali, então a informação se encaixaria
confortavelmente em nossa teoria. Parece um local racional para um rei,
no sudeste de Gales e nas áreas ao redor da Inglaterra ser enterrado. O
túmulo em si e as circunstâncias do seu descobrimento são bastante
críveis? Mesmo com uma inscrição dizendo que Arthur era um famoso rei e
que ali estava enterrado.
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