Avalon,
chamada de Avilion por Malory, surgiu pela primeira vez na história de
Arthur através de Godofredo de Monmouth. Godofredo juntou uma grande
miscelânea de tradições com relação à sobrevivência de Arthur e ao lugar
de refúgio, tanto para britânicos, bretões ou gauleses, o lugar é
sempre um paraíso cercado de água, localizado na região costeira, que se
chamava Avalon. E disse: "O renomado rei Arthur, gravemente ferido, foi
levado para a ilha de Avalon, para a cura de suas feridas, onde
entregou a coroa da Bretanha a seu parente Constantino, filho de Cador,
Duque da Cornualha, no ano de 542 d.C."
Mais tarde, no livro "Life of Merlyn", Godofredo descreve o lugar como
uma ilha fantástica, habitado por nove damas, uma das quais a sua irmã,
Morgana.
Enorme é a associação de Glastonbury com Avalon. A grande abadia de
Glastonbury foi fundada no século V. A seu lado havia uma pequena
igreja, muito antiga, de paredes de taipa, que se dizia ser o primeiro
santuário construído na Bretanha, e, assim, associado a José de
Arimatéia, que teria trazido o Santo Graal para à Bretanha.
Em 1184, um incêndio destruiu a pequena igreja, bem como a maioria dos prédios da abadia. Um programa de reconstrução foi então iniciado por Henrique II, mas, como demandava somas intensas, era necessária alguma coisa para atrair peregrinos com suas bolsas. Giraldus Cambrensis, um gaulês de ascendência parcialmente normanda, produziu então, entre 1193 e 1199, uma obra intitulada "De Principis Instructione", na qual registra que Arthur teria sido um benfeitor da abadia e que teria sido na verdade enterrado nela, já que seu corpo fora encontrado em 1190.
Jazia
entre duas pirâmides de pedra que marcavam os locais de outros túmulos,
a 5 metros de profundidade, envolvido em um tronco de árvore oco. Do
lado de baixo do tronco que servia de caixão, havia uma pedra e abaixo
dela uma cruz de chumbo na qual estavam gravadas as seguintes palavras
em latim: "Aqui jaz enterrado o renomado rei Arthur com Guinevere, sua
esposa, na ilha de Avalon".
Dois terços do caixão eram ocupados por um homem de tamanho incomum e o
restante por ossos de uma mulher, juntamente com uma trança de cabelos
loiros que virou pó ao ser tocada por um monge.
Fatos que até hoje não puderam ser comprovados, pois havia muita especulação em torno dos próprios interesses locais.
Godofredo de Monmouth dissera que Arthur fora levado embora, mortalmente
ferido, para a ilha de Avalon. A partir do momento que os ossos de
Arthur teria sido encontrados em Glastonbury, junto com a cruz funerária
que dizia que ele teria sido enterrado em Avalon. Glastonbury tornou-se
então, Avalon, a ilha do eterno verão, o Outro Mundo.
Guilherme de Malmesbury, em sua "Gesta Regum Anglorum", de 1125, apenas
menciona o fato de os britânicos chamarem Glastonbury de Inis Witrin, a
Ilha de Vidro. Caradoc de Lancafarn, em "Life of Gildas", de 1136,
repetiu que os britânicos a chamavam de Ynis Gutrin, a Ilha de Vidro.
Giraldus Cambrensis e Ralph, abade de Coggeshall, em sua Chronicon
Anglicanum (Crônica Anglicana), foram os dois primeiros escritores a
dizer que Glastonbury era Avalon.
Nenhum comentário:
Postar um comentário