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12 setembro 2013

Em busca de Justiça (Inicio)

Inglaterra, ano do nosso Senhor de 1566. As ruas inglesas eram estranhas, e Ray Brian Stephen encontrava-se ocupado. Ele veio do outro lado do mundo em busca do assassino de seu pai, um maldito o havia assassinado covardemente nas ruas escuras de Londres.
Seu pai era um grande aventureiro, era um cavaleiro da rainha, mas ninguém fez nada, ninguém buscou honrar a sua vida. Então, Ray decidiu tomar as providências necessárias. A notícia de sua morte chegou aos seus ouvidos meses depois.
Raramente, ele visitava o país natal de seu pai, mas aquela morte covarde o deixou sedento por justiça e desejoso de desbaratar o grupo criminoso que o seu pai morreu tentando desmantelar, essa foi a sua última missão, não cumprida até então. Ele percorreu cada rua estranha daquela cidade que deveria considerar como lar, procurando cada componente daquele grupo criminoso.
A criação dada por sua mãe, que Deus a tenha, era puramente cristã. Ser um homem de bem, correto e bondoso, como Cristo foi quando esteve aqui na terra, era o seu objetivo. Mas a justiça precisava ser feita, e Ray não podia ignorar isso. A contagem de mortos a fio de espada só fazia aumentar. Sua katana era banhada diariamente pelo sangue do inimigo. Noites sem dormir. Dias sem parar. Mas ainda era pouco.


“Meu nome é Ray Brian Stephen. Estou caçando os bandidos que mataram o meu pai e que a rainha não caçou. Eu sei que estou chamando atenção, o número de mortos aumentou exponencialmente nesses últimos dois meses em que tenho caçado cada inimigo. Meu nome já corre no submundo. Mas eles não sabem quem sou. Às vezes, as mortes são bem sentidas na sociedade, são homens sem honra, mas ricos e nobres, motivo pelo qual o povo sentiu. Mas, na maioria das vezes, são apenas homens de pouca autoridade. Peões nesse mundo sem Deus. Tenho oferecido a cada um a chance de redenção, mas são tão covardes que se negam a aceitar. Eu faço a minha parte. Nesta duas últimas semanas, matei quinze deles e consegui encontrar algumas pistas sobre Jason “One Finger”, o maldito comandante dessa organização que o meu amado pai tentou desbaratar sem sucesso. O desgraçado anda se escondendo, a minha vantagem é que ele não faz idéia de quem sou, ninguém faz, então não existe possibilidade de tentarem revidar, pois não sabem onde vivo, quem são meus parentes, ou qualquer coisa que possam tentar usar para me intimidar. Eles podem apenas se preparar para o pior, pois eu estou chegando. Apesar de Jason não acreditar que o seu pessoal esteja sendo massacrado por um único homem em seu próprio território”.
"Ele possivelmente acredita que exista outro grupo criminoso, ou que a rainha tenha levantado novos homens. Ele, obviamente, ainda não me conhece. Mas eu vou resolver isso. Segui uma boa pista, sei que ele se encontra em um prédio de extremo luxo, talvez planejando um novo golpe, ou tentando infiltrar novos agentes no governo, mas sempre mentalizando um próximo meio de enriquecimento ilícito. Apenas tenho de esperar sair. Algo simples. Basta observar e permanecer de tocaia o dia todo, a semana toda se precisar. E, quando eu terminar por aqui, voltarei para a minha terra natal e brandirei a minha espada por justiça lá. Tenho certeza que meu sensei ficará feliz em me receber.”
Ray apenas observava o movimento da casa, já esperava havia dois dias e o Jason não parecia estar disposto a aparecer. Mas Ray havia seguido a pista até lá. Invadir o lugar sozinho seria tolice, seria morto antes de chegar a ele, porém, utilizar-se de sua face desconhecida e pegá-lo de surpresa, isso seria muito útil, era apenas necessário esperar que ele saísse. O fato era que Stephen também não sabia como era a sua face, mas algo lhe dizia que, quando ele surgisse, seria óbvio.
Ray aguardava.
Deixava ele tramar a morte da rainha, a morte de comerciantes, de nobres inconvenientes. Poderia tramar o que quisesse, pois, quando decidisse sair daquele pardieiro, sua morte já estaria sentenciada. Jason “One Finger” e seus homens não passariam daquela rua, ela estava movimentada para aquele dia.
De súbito, Ray percebeu uma certa movimentação diferente das demais, muitos homens. Uma coreografia engraçada tentando oferecer alguma segurança começou a se formar na frente da morada, eram os seus capangas, possivelmente com a intenção de guardar alguém. “Só pode ser ele”, pensou Ray.
Uma carruagem despontou no fim da rua, parando em frente à entrada do estabelecimento. Alguns homens se puseram de guarda.

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