
Ainda não contente com a sua obra, decidiu espalhar os seus conhecimentos pelo resto do mundo e partiu para a Ásia, acompanhado de Tot, Anúbis e Upuaut, deixando a regência a Ísis. Inimigo da violência, espalhou a civilização e o conhecimento por toda a terra e voltou ao Egito.
Quando chegou, verificou que Ísis tinha governado bem o seu reino, que encontrou em ordem. Mas em breve seria vítima de uma intriga orquestrada pelo seu invejoso e feio irmão Set, que o matou durante um banquete, despedaçou-o e lançou os bocados do seu corpo às águas do Nilo. Mas Ísis, com os seus poderes de feiticeira e ajudada por Tot, Anúbis e Hórus, devolveu Osíris à vida. Ressuscitado, Osíris preferiu, no entanto, o poder sobre o reino dos mortos ao reino dos vivos, retirando-se para os Campos Elísios, onde recebia com carinho as almas dos justos. Hórus, filho de Osíris e Ísis, derrotou mais tarde Set numa grande batalha e veio a ser o rei de todo o mundo.
Osíris foi o nome grego dado a Ousir, o protagonista desta lenda que foi contada por Plutarco. Os antigos Egípcios acreditavam que Osíris morria todos os anos no início da primavera, quando era tempo de seca e de colheitas, para renascer no outono, quando o nível das águas do Nilo baixava e se procediam às sementeiras. Por isso a cheia anual, que tinha o nome de Hapi, era venerada como sendo a "alma de Osíris". Muitas vezes representado por um pilar, o "djed", Osíris governava assim nos dois mundos, o da morte e o da vida. Identificado com o Sol, simboliza a continuação dos nascimentos e dos renascimentos.
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